Mais uma jornada que passou e com a vantagem a avolumar-se para os lados do líder. 10 pontos sobre o FC Porto, 11 sobre o SC Braga e 13 sobre o Benfica.

O Sporting, como tem sido seu apanágio esta época, tem aproveitado da melhor forma os tropeções dos rivais. Frente ao Paços de Ferreira não foi diferente.

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Frente à equipa sensação da prova, que não sabia o que era perder há nove jogos, o Sporting voltou a ser o matador de sempre. Forte a defender e caçador furtivo na forma em que aproveita o momento certo para desferir o golpe certeiro nos adversários que lhe aparecem pela frente.

Amorim voltou a demonstrar que não é apologista da velha máxima: 'equipa que ganha não se mexe' - E não teve receio de refrescar 'pedras', procurando nos recursos que tem à mão as apostas certeiras para cada adversário. Desta feita, João Mário, Gonçalo Inácio, Nuno Mendes e Tiago Tomás foram lançados para os lugares de Neto, Antunes, Matheus Nunes e Nuno Santos. Já o Paços de Pepa, ao contrário de muitas das equipas que têm enfrentado o Sporting, manteve a estrutura e a identidade, promovendo apenas duas alterações no onze em relação ao último jogo, com as entradas de Maracás e Bruno Costa.

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Nos primeiros minutos, o Paços começou por tentar secar a canalização do jogo leonino pelo miolo, tentando impedir que o Sporting fizesse uma circulação de bola eficaz. Com pouco espaço para carburar, seriam necessários rasgos individuais para a equipa da casa conseguir criar perigo. Apareceu Pedro Gonçalves nesse momento de encaixe das duas equipas e foi dos pés do jogador de 22 anos que surgiu a primeira ocasião, com Pote a servir para a finalização de calcanhar de Paulinho.

Ao minuto 19´, Pedro Gonçalves, solicitado por Feddal em profundidade tentou romper pelo lado direito para depois ser carregado em falta. Na conversão da grande penalidade, João Mário fez o primeiro da partida. No entanto, o encontro após o tento inaugural entrou numa fase mais mal jogada e em que a ação disciplinar do árbitro apertou, com cinco cartões amarelos mostrados pelo árbitro André Narciso em apenas 25 minutos.

Quando se pensaria que o Sporting poderia ir para cima do adversário depois de se ver em vantagem foi o Paços que cresceu no jogo. Nesta fase os castores tiveram bola, mas sentiram dificuldades em criar perigo, com exceção de uma jogada de Luther Sinth, que tentou desfeitear Ádan, com o guardião espanhol a estar atento e a impedir males maiores.

Palhinha fez descansar o leão

O golo da tranquilidade dos verdes e jogos surgiu logo a abrir o segundo tempo (48´), e permitiu que o Sporting fizesse outro tipo de gestão. João Palhinha à meia volta com um remate de primeira deu tranquilidade aos verdes e brancos, após um canto que contou com o desvio precioso de Feddhal. Lá está, este Sporting precisa de poucos remates à baliza para fazer golo e isso ficou mais uma vez demonstrado na partida frente ao Paços de Ferreira.

A partir daí, os verdes e brancos 'fecharam o estaleiro' e meteram gelo no jogo. A equipa nortenha ainda tentou reduzir perto do final, mas o Sporting manteve a baliza a zeros e segue firme na liderança da Liga.

Momento

O golo de grande penalidade apontado por João Mário ao minuto 20, depois de Pedro Gonçalves ter sofrido falta na área. Desbloqueou o jogo numa altura em que as duas equipas estavam demasiado encaixadas. Obrigou depois o Paços de Ferreira a ir à procura do prejuízo.

Melhores

João Mário

Precisava de um golo para retomar a confiança. Abriu as contas e conseguiu ser influente com duas tentativas de drible e três recuperações de posse, de acordo com as estatísticas do Goal Point.

João Palhinha

Pedra basilar do equilíbrio ofensivo e defensivo do Sporting. Muito forte nas recuperações, que é no fundo o seu cartão de visita. Marcou um grande golo que deu tranquilidade ao Sporting.

Pedro Gonçalves

Depois de uns primeiros minutos algo atabalhoados dos homens de Amorim, foi quem começou por se dar ao jogo, tentando descobrir espaços perante a boa organização do Paços. Esteve perto de oferecer o golo a Paulinho e sofreu a grande penalidade que resultou no primeiro golo da partida.

Luther Sing

O homem mais inconformado do Paços de Ferreira. Tentou marcar a diferença fazendo uso da sua velocidade.

Reações

Rúben Amorim acalma as hostes: "Se o Liverpool e o Klopp sofrem essas derrotas..."

Pepa: "Se tivéssemos na I Liga 18 Klops ou 18 Mourinhos, só um é que vencia"