O Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) do Vitória de Setúbal considera que “existem fortes indícios de incompetência e negligência do Conselho de Administração da SAD” no processo que levou à exclusão dos sadinos das provas profissionais.
Em comunicado enviado à agência Lusa, João Martins, presidente daquele órgão social, considera que a decisão da Liga em relegar o clube ao Campeonato de Portugal “está ferida na sua legalidade”, mas esse aspeto não impede o CFD de visar a administração da SAD liderada por Paulo Gomes.
“Sendo um dado adquirido que a decisão da Liga está ferida na sua legalidade por erros processuais grosseiros que a justiça a seu tempo julgará a favor do Vitória, também não deixa de ser verdade que existem fortes indícios de incompetência e negligência do Conselho de Administração da SAD em todo este processo”, lê-se no documento.
O Conselho Fiscal e Disciplinar do Vitória, que se comprometeu a “exigir responsabilidades internas se tal se justificasse” sobre o chumbo no processo de licenciamento, refere que houve informações que não foram fornecidas pela SAD ao CFD.
“Determinadas informações, em especial uma, nunca foram fornecidas pela administração da SAD. Assim, em reunião do CFD, foi deliberado a elaboração de um relatório a apresentar aos órgãos sociais que venham a ser eleitos para que estes, se assim o entenderem, averiguem se existiu ou não culpabilidade do Conselho de Administração da SAD num ato que causou danos irreparáveis ao Vitória”, dizem.
Em alusão às eleições para os órgãos sociais que se realizam em 18 de outubro, o CFD deseja aos futuros órgãos sociais do clube “as maiores felicidades na árdua missão de reerguer o Vitória”.
Entretanto, depois de João Martins ter em 18 de setembro tornado pública a intenção de apresentar uma queixa-crime contra factos ocorridos na Vitória SAD em 2019, o dirigente especifica agora que está em causa a gestão feita durante a presidência de Vítor Hugo Valente.
“O CFD relembra os sócios do Vitória FC que no exercício das suas funções foi apresentada queixa-crime no Ministério Público por factos ocorridos na Vitória SAD no ano de 2019, contra o seu presidente à data, Sr. Vítor Hugo Valente, e restantes órgãos sociais da Vitória SAD. De forma a assegurar que o processo decorra até ao fim, a queixa-crime foi apresentada pelo CFD e pelo seu presidente, João Martins, a título individual”, esclareceu.
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