Era o desfecho mais previsível: o estádio do Marítimo foi interditado devido ao mau estado do relvado, avança o Record. O tapete (pouco verde) dos Barreiros voltou a ser chumbado após o jogo com os Dragões, depois de uma avaliação feita esta manhã pela Comissão Técnica da Liga.
Diz o Record que que o recinto recebeu a nota de 1,67 após o jogo frente ao FC Porto, depois de ter sido avaliado em 2,06 na 1.ª jornada frente ao SC Braga. Foi a pior classificção de todos os relvados, numa nota de zero a cinco. Duas notas negativas que dão direito a interdição.
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Com esta interdição, o Marítimo terá de arranjar novo campo para os seus jogos caseiros até que o relvado esteja em condições. Uma das escolhas poderá passar pelo estádio da Madeira, casa do Nacional, mas as más relações entre os dois emblemas poderá levar a direção de Carlos Pereira a procurar outras soluções. Jogar no continente é uma hipótese.
O próximo jogo do Marítimo como anfitrião está previsto para 12 de setembro, tendo o clube de encontrar alternativas ao seu estádio caso o relvado não receba ‘luz verde’ na vistoria da Comissão Técnica da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).
O relvado apresenta muitas zonas queimadas, onde não há relva mas sim areia. Os jogadores tem muitas dificuldades no domínio da bola, que bate e salta. Também os passes junto a relva são um problema já que a bola não vai a direito. A bota prende e há sempre o risco de uma lesão grave.
Após o empate com o Marítimo este domingo, Sérgio Conceição deixou duras críticas ao estado do relvado, que prejudicou mais o FC Porto.
"Não me querendo desculpar, este relvado é inacreditável. Claramente quem defende está em vantagem, porque só tem de tirar a bola. Nós temos de encontrar espaço, forma de chegar ao golo. Quem defende para o pontinho fica com a vida mais facilitada. Uma equipa que tem um relvado destes não quer protagonizar um bom espetáculo", disse o técnico.
Aliás, na antevisão do jogo, Sérgio Conceição já tinha deixado reparos ao relvado.
"Vamos jogar com o Marítimo [...] com essa particularidade de jogar na Madeira, onde temos encontrado um relvado que não é fácil, e que teve a nota mais baixa dada pela Liga, isso vai ser outro adversário. Podem acontecer maus jogos em bons relvados, mas grandes jogos em maus relvados duvido mais", atirou. E tinha razão. O espetáculo não foi melhor porque era difícil com o estado do relvado.
Esta segunda-feira, o FC Porto voltou a criticar o estado do relvado do Estádio dos Barreiros.
Com as sucessivas notas negativas atribuídas ao relvado, Carlos Pereira presidente do Marítimo, defendeu-se, recordando que já houve tapetes em pior estado na I Liga.
"Se quisermos ser verdadeiros àquilo que nós vemos ou vimos no passado, houve relvados muito piores que o do Marítimo e não foram tão penalizados. A Liga não teve tantos olhos em cima desses relvados em muito pior estado do que este. [...] Os olhos estão mais virados para qualquer penalização que queira ser feita ao Marítimo, fruto da irreverência e contestação", criticou, há cerca de um mês, quando questionado sobre a possível reprovação do relvado.
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