O presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), Joaquim Evangelista, garantiu hoje em entrevista à Agência Lusa que o racismo está, genericamente, ausente dos relvados portugueses.
«Genérica e objetivamente, no futebol português não há atos dessa natureza», frisou Joaquim Evangelista, garantindo que «Portugal é um país de boas práticas, é um país tolerante e que sabe receber».
«Os portugueses são cidadãos do mundo. Temos portugueses em todos os continentes e estou à vontade para dizer que Portugal é um dos bons exemplos de boas práticas no futebol, independentemente de por vezes sucederem episódios atípicos», sublinhou.
Na semana transata, o Manchester City queixou-se à UEFA do FC Porto, alegando que alguns dos seus jogadores, nomeadamente o italiano Balotelli e o marfinense Yaya Touré, foram alvos de comportamentos racistas no Estádio do Dragão.
«Quanto ao que se passou no Porto, não posso pronunciar-me. As autoridades competentes abriram um inquérito e têm de apurar responsabilidades. Se houve atos dessa natureza devem ser condenados, se não houve, devem pedir desculpas ao FC Porto», disse o dirigente.
Evangelista lembrou, porém, que é membro do Conselho para a Ética e Segurança no Desporto e que ao Conselho Nacional do Desporto chega «informação privilegiada sobre esses temas», sendo que, à parte de alguns episódios de violência, não tem «conhecimento» de fenómenos de racismo.
A UEFA instaurou um processo disciplinar ao FC Porto por «conduta imprópria dos adeptos» no jogo em casa frente ao Manchester City, que os “dragões” perderam por 2-1, alegando que Balotelli e Touré teriam sido alvo de insultos racistas.
O FC Porto joga hoje em Manchester, frente ao City, o encontro da segunda “mão” dos 16 avos de final da Liga Europa.
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