Paulo Gonçalves esclarece polémica com o Aves: "Nunca falei com o Benfica"

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Antigo assessor jurídico da SAD do Benfica terá participado na transferência de um jogador de Benfica e Aves.
Paulo Gonçalves esclarece polémica com o Aves:
Paulo Gonçalves MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA

Paulo Gonçalves, principal arguido do processo E-toupeira, abandonou o cargo em 17 de setembro de 2018 mas, de acordo com os registos da conservatória, o antigo assessor jurídico da SAD intermediou uma transferência de um jogador partilhado por Benfica e Desportivo das Aves. No entanto, Paulo Gonçalves esclareceu ao jornal desportivo 'A Bola' que atuou como presentante do clube polaco.

"Não estive no negócio como representante do jogador, fui o representante do Legia Varsóvia. Eu é que apresentei ao Aves a proposta do Legia e foi o Legia quem me pagou a comissão. Nunca falei com o Benfica. Está tudo registado no sistema  FIFA TMS", referiu o antigo assessor jurídico da SAD do Benfica.

De acordo com o jornal Público, o brasileiro Lucas Linhares, mais conhecido por Luquinhas, foi comprado pelo Légia de Varsóvia por 450 mil euros, em julho de 2019, com Paulo Gonçalves, através da sua empresa Profute Consultoria, a servir como intermediária do jogador. Porém, o jogador era representado por outra agência, a Eurofoot BV, desde que tinha chegado a Portugal, em 2014.

A mesma publicação refere ainda que o crédito da transferência foi concedido ao Benfica, de forma a pagar dívidas que os avenses mantinham com o emblema da Luz.

Recorde-se que, no passado sábado, o jornal Público denunciou "acordos de dependência" entre o Benfica e o Desportivo das Aves, clubes concorrentes da mesma prova.O diário da Sonae denunciou "negócios duvidosos, contratos com adendas leoninas e relações de subalternidade", concluindo que "é nesta ambiente que o clube da Luz e o emblema avense se movem no futebol português".Ainda de acordo com a publicação, a relação entre o Benfica e o Aves ficou mais estreita desde que 90% da SAD do clube avense começou a ser detida pela empresa de capitais chineses Galaxy Galaxy Believers, referindo ainda que a direção do emblema nortenho "chegou a dever dois milhões de euros aos encarnados em direitos económicos de passes de jogadores".

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É revelado ainda que existe uma relação de dependência, havendo contratos de transferências de atletas acordados à margem da lei que beneficiavam o Benfica.

 

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