O candidato da lista B às eleições do Vitória de Guimarães reiterou hoje à agência Lusa que foi o futebolista Pedro Mendes que lhe revelou que a direção demissionária tinha dito que os salários em atraso só serão pagos se a lista A vencer.

Através da sua assessoria de imprensa, Pinto Brasil «reitera a informação divulgada ontem [quarta-feira] e reafirma a intenção firme de, se for eleito, fazer uma ‘limpeza’ relativamente a todas as situações que desonrem o nome do clube e que, de alguma maneira, vão contra o bom-nome do Vitória de Guimarães».

A posição de Pinto Brasil surge depois de o futebolista ter anunciado hoje que iria avançar com uma queixa-crime por difamação contra o candidato da lista B.

Em conferência de imprensa, Pedro Mendes disse sentir-se «revoltado» e «envergonhado como sócio do Vitória», tendo negado perentoriamente ter tido essa conversa com Macedo da Silva no final do jogo com o Rio Ave, da última jornada, conforme Pinto Brasil revelou na quarta-feira e hoje reiterou.

Pinto Brasil aludiu também uma empresa da qual são sócios Pedro Mendes, Nuno Assis e Fernando Meira, acusando-os de concorrência ao próprio Vitória de Guimarães.

O advogado de Pedro Mendes, Cordeiro da Silva, precisou que «a sociedade limitada tem como objeto social a gestão de carreiras desportivas» e foi constituída «há 15 dias, três semanas», destacando que os jogadores não têm nada a esconder nem são empresários de futebol.