O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) manifestou hoje “total solidariedade” com o plantel do Sporting, que condenou publicamente as críticas e a ausência de apoio do presidente do clube, Bruno de Carvalho.

“O Sindicato dos Jogadores manifesta total solidariedade com o plantel do Sporting CP, lamentando que, depois da iniciativa promovida a pedido dos capitães de equipa no início da semana, e após apelar a que os dirigentes resolvam internamente, e não no espaço público, os problemas existentes com os seus jogadores, tal apelo não tenha sido acolhido pelo Presidente do Sporting CP”, pode ler-se em comunicado hoje divulgado pelo SJFP.

Hoje, o plantel do Sporting insurgiu-se com as críticas e a ausência de apoio do presidente do clube, Bruno de Carvalho, após a derrota no terreno do Atlético de Madrid, nos quartos de final da Liga Europa de futebol.

“Espelhamos neste texto o nosso desagrado, por virem a público as declarações do nosso presidente, após o jogo de ontem [quarta-feira], no qual obtivemos um resultado que não queríamos [derrota por 2-0]. A ausência de apoio, neste momento, daquele que deveria ser o nosso líder. Apontar o dedo para culpabilizar o desempenho dos atletas publicamente, quando a união de um grupo se rege pelo esforço conjunto, seja qual for a situação que estejamos a passar, todos os assuntos resolvem-se dentro do grupo”, lê-se numa mensagem divulgada nas redes sociais oficiais de vários jogadores ‘leoninos’.

Na quarta-feira, após a derrota na capital espanhola, na primeira mão dos ‘quartos’ da segunda competição europeia de clubes, Bruno de Carvalho lamentou os “erros grosseiros” de futebolistas experientes como Coates e Mathieu, criticando ainda Gelson Martins, por desperdiçar uma ocasião de golo, Fábio Coentrão e Bas Dost, por terem sido admoestados com cartão amarelo e falharem o segundo jogo.

“O Sindicato condena a tomada de posição pública do presidente do Sporting CP e demais dirigentes que insistem em tecer críticas à performance desportiva dos jogadores, assim como condena a especulação e a suspeição que é promovida pelos meios de comunicação social nesta e noutras circunstâncias”, sublinha o sindicato.

Apelando ao “bom senso” dos intervenientes e manifestando expectativa que a situação possa ser “rapidamente ultrapassada”, o sindicato manifestou disponibilidade para “o diálogo e mediação que esta situação exige”.