Resumo

Passavam oito minutos das 20h quando o apito soou no Estádio D. Afonso Henriques, finalizando um grande jogo de futebol (mais pela emoção e pela incerteza do resultado) que deixou o Sporting novamente acompanhado na frente do campeonato.

A equipa de Rúben Amorim chegou a Guimarães com a hipótese de alargar a margem para o Benfica, que empatara com o Farense na véspera. Não só falhou esse objetivo, como ainda se deixou alcançar pelo FC Porto no topo da classificação – a pouco mais de uma semana de receber os dragões. Tudo isto depois de um duelo fervilhante, em que os leões até marcaram primeiro, mas viram depois o Vitória virar o jogo, resistir a uma segunda igualdade e colocar-se novamente na frente (3-2).

Curiosamente, salvo duas ocasiões para cada lado nos primeiros dez minutos, o jogo foi-se desenrolando sem grandes oportunidades sob um autêntico dilúvio, embora com grande intensidade nos duelos. Foi assim que Morita, já perto do intervalo, ganhou a bola a Maga e deixou-a à mercê de Gonçalo Inácio, que só teve de encostar para o fundo da baliza.

A vantagem não durou muito tempo. Pedro Gonçalves ainda festejou o segundo, mas havia posição irregular, e no último lance da primeira parte Ricardo Mangas caiu na área num lance dividido com Adán. O guarda-redes espanhol ainda adivinhou o lado, mas não conseguiu impedir o remate de Tiago Silva da marca dos 11 metros.

Nuno Santos entrou para a segunda parte e o Sporting privilegiou os corredores na busca da vantagem. Gyokeres esteve perto de marcar em duas ocasiões, mas falhou o alvo – pouco habitual no avançado sueco – e Francisco Trincão, que tinha saltado do banco, obrigou Bruno Varela a aplicar-se.

O golo dos leões parecia iminente, mas foi o Vitória a marcar no contragolpe. Adán ainda impediu um primeiro remate de João Mendes, mas foi impotente perante a recarga de André Silva, que beneficiou de um desvio de Morita para bater o guarda-redes espanhol.

Apenas quatro minutos depois, Nuno Santos apareceu solto na área a aproveitar uma oferta de Pedro Gonçalves e empatou novamente a partida. E eis que Dani Silva, acabado de entrar, tabelou com Ricardo Mangas e de ângulo apertado fez o 3-2.

Três golos em apenas sete minutos deixavam antever uma reta final de nervos. O Sporting pressionou em busca do empate, mas não conseguiu voltar a derrubar a muralha vitoriana.

O melhor

Tomás Handel: Num jogo em que três Silvas festejaram contra o Sporting (Tiago, André e Dani), há que realçar a exibição do médio de 23 anos. Encheu o campo e injetou velocidade nas jogadas ofensivas do Vitória.

O pior

Confusão no fim: Nos minutos finais, uma confusão junto à linha lateral fez com que os ânimos se exaltassem entre os elementos das duas equipas, levando à interrupção da partida. João Pinheiro mostrou vários cartões no seguimento.

O momento

Dani Silva faz o 3-2: Só precisou de um minuto em campo para sentenciar o triunfo do Vitória frente ao líder do campeonato. Lançado ao minuto 80, o médio combinou com Ricardo Mangas, invadiu a área contrária e, já com pouco ângulo, atirou para o fundo da baliza.

Veja o golo de Dani Silva

As melhores imagens

As reações

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