O Paços de Ferreira dispensou esta terça-feira o avançado brasileiro William, após um novo episódio de indisciplina protagonizado pelo futebolista cedido pelo Vitória de Guimarães no final do treino, revelou o presidente do clube da Liga.

«Estamos com o ‘mister’, só queremos quem quer estar aqui com prazer e para ajudar. Não contávamos com isto, mas o seu comportamento não foi o mais adequado e desrespeitou o grupo. Vamos conversar com o Vitória de Guimarães, mas, a partir deste momento, não queremos mais o William», disse Carlos Barbosa.

A declaração do presidente, a que se seguirá a abertura de um processo disciplinar e a rescisão por justa causa, coincide com a posição assumida minutos antes na sala de imprensa pelo técnico Henrique Calisto, que foi taxativo ao afirmar que “William é um caso encerrado2.

«Comigo, não treina mais e não joga mais», precisou.

Na base desta saída esteve a atitude descuidada e reiterada de William durante o treino, repetindo o que já fizera algumas vezes, assim que foi colocado na equipa que, em princípio, não seria titular na quarta-feira frente ao Vitória de Setúbal.

O seu comportamento causou um evidente mal-estar entre os presentes, incluindo elementos da equipa técnica, direção, colegas e adeptos.

No final, William ainda manifestou intenção de deixar o clube junto do diretor desportivo e do treinador, por considerar que não estava satisfeito e não era respeitado, chegando a levantar a voz, numa atitude que fez com que Carlos Carneiro o convidasse a abandonar as instalações.

«Disse-lhe que ele tinha de se respeitar a si próprio, depois de um treino com pouca intensidade», comentou Henrique Calisto, «surpreendido» com a atitude do avançado, que tem sido primeira opção no Paços de Ferreira.

A saída de William, cedido esta época pelo Vitória de Guimarães e com um golo na Liga, aumenta a necessidade de o Paços de Ferreira reforçar o ataque.