Os futebolistas Nené e Rui Nereu, do Arouca, perderam esta segunda-feira acesso ao apartamento que habitavam, na sequência de uma ação de despejo motivada por alegado atraso no pagamento da renda por parte do clube.
Por ordem do tribunal, a fechadura da porta de entrada do imóvel situado em Arouca foi trocada hoje à tarde, numa ação vigiada pela Guarda Nacional Republicana (GNR).
Eduardo Bastos, representante legal da proprietária do imóvel – Carla Bastos – que reside na China, disse à agência Lusa que o clube «tem rendas em atraso entre 10 meses e um ano».
«Estava um jogador a sair, que não consegui identificar, e ele ficou surpreendido. Não sabiam de nada», acrescentou o representante da proprietária.
No apartamento residiam Nené e Rui Nereu, enquanto Romeu Torres também aí pernoitava esporadicamente.
«Não sabia de nada. Eram coisas do clube, eles é que pagavam a renda, nós não tínhamos nada a ver com isso. Deixei lá as minhas coisas, não sei quando as posso ir buscar», disse Nené à Lusa, referindo que não tinha conhecimento.
Eduardo Bastos garante que vai deixar os atletas retirarem os seus pertences: «Deixei o meu número de telemóvel com um jogador, para me ligarem quando quiserem ir buscar as coisas».
Quanto ao alojamento no concelho de Arouca, Nené diz que tem de falar com os dirigentes do clube.
Questionado sobre o assunto, o vice-presidente da direção, António Jorge Teixeira, escusou-se a fazer comentários, dizendo apenas que «é um contencioso», cuja resolução «pertence aos tribunais».
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