Marco Baixinho, totalista do Paços de Ferreira na II Liga de futebol, disse ser impossível haver festa se os pacenses não forem campeões nacionais no domingo, insistindo que a equipa nortenha foi a melhor durante o campeonato.

"Pelo que fizemos, num campeonato em que andámos desde as primeiras jornadas em primeiro, seria injusto não sermos campeões. Não há festa [se o Paços não terminar em primeiro], é impossível, mas isso, também, está fora de hipóteses. Só dependemos de nós e jogamos em nossa casa, com os nossos adeptos", disse Marco Baixinho, em declarações à agência Lusa.

O defesa central e um dos capitães do Paços disse estar consciente da qualidade, experiência e profissionalismo dos jogadores do Cova da Piedade, reconhecendo que "vão dar tudo", mas insistiu na superior qualidade da formação pacense, em sua opinião um dos segredos para o regresso da equipa à I Liga.

"O sucesso do Paços, na minha opinião, está na qualidade do grupo, um plantel muito equilibrado, em que foram feitas boas escolhas por comparação à época passada. Jogam 11, mas podíamos fazer outro 11 ao mesmo nível. Além disso, temos um ‘mister' muito exigente, que conhece muito bem a II Liga e todos os jogadores", sublinhou.

Paços e Famalicão já celebraram a subida e vão discutir entre si o título de campeão, com os pacenses dois pontos à frente e a dependerem de uma vitória ou de igualarem o resultado dos famalicenses, melhores no confronto direto, que na última jornada vão jogar no terreno do Estoril Praia.

"Do que vi, Paços e Famalicão foram melhores e mereceram a subida. O Estoril Praia também tinha um bom plantel, mas não conseguiu fazer uma melhor equipa", referiu Baixinho.

Em termos individuais, o experiente defesa, de 29 anos, melhorou o registo de golos numa temporada, com cinco tentos até ao momento (quatro dos quais no campeonato), e é um dos dois totalistas da II Liga, apenas igualado pelo lateral do Cova da Piedade Evaldo, que vai defrontar no domingo, numa espécie de ‘tira-teimas'.

"Era bonito jogar e manter o registo, mas compreendo se a opção do treinador recair noutro colega. Em relação à minha prestação, não digo que seja a melhor, mas é a mais regular. Atribuo isso à preparação física, o que me tem permitido não ter lesões e fazer mais jogos, e à confiança que resulta das vitórias", afirmou.

Marco Baixinho cumpre a quarta temporada em Paços de Ferreira, fazendo parte do restrito lote de jogadores ‘centenários' (disputou 109 jogos pelos ‘castores' até ao momento), mas não é certo que continue.

O jogador está em final de contrato e confessa que já conversou com os responsáveis pacenses, mas também estuda propostas de outros emblemas da I Liga e do estrangeiro, embora, nesta altura, prefira colocar o foco na conquista do título de campeão, para "dedicar aos clube e aos adeptos", depois da "enorme satisfação" de ter feito parte da empreitada que ajudou a "colocar o Paços no sítio onde merece estar", concluiu.