O defesa central da Juventus, o futebolista internacional italiano Leonardo Bonucci, acusado de «delito desportivo» pelo seu envolvimento no escândalo da viciação de resultados, incorre numa pena de três anos e meio de suspensão.
Uma suspensão de um ano foi também requerida pelo Procurador federal da Comissão Disciplinar, Stefano Palazzi, para o colega de equipa de Bonucci, o também internacional italiano Simone Pepe, por «não denúncia de delito».
Bonucci, de 25 anos, que prolongou em abril o seu contrato com o clube de Turim até 2017, começou a sua carreira profissional no Inter de Milão, tendo sido emprestado sucessivamente ao Treviso, ao Pisa e ao Bari, antes de regressar à Juventus. Integrou o lote de selecionados de Itália no último Euro 2012.
Está agora sob suspeição de envolvimento na fraude que ocorreu no jogo Udinese-Bari, em maio de 2010, enquanto Pepe é acusado de não ter participado o mesmo crime às autoridades competentes.
O Procurador Stefano Palazzi propôs, igualmente, uma penalização de dois pontos e uma multa de 50.000 euros para os dois clubes, bem como uma suspensão de um ano e três meses para o treinador da Juventus, António Conte, e o seu adjunto, Ângelo Alessio.
Os dois técnicos são acusados de ter omitido às autoridades competentes, na época 2010/11, a viciação dos resultados dos jogos Novara-Siena e Albino Leffe-Siena, quando ambos treinavam a equipa do Siena.
O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, reagiu acusando a Federação italiana de futebol (FIGC) de ter «um sistema judiciário que continua a operar fora de toda a lógica».
Entretanto, a FIGC rejeitou, na quarta-feira, uma proposta do treinador António Conte no sentido de assumir a sua culpabilidade em troca de uma suspensão de apenas três meses.