Cristiano Ronaldo fez um selfie dentro do seu jato privado, depois de ter estado no tribunal em Madrid, onde foi condenado a pagar 18,8 milhões de euros ao fisco espanhol por quatro crimes de fraude fiscal.
A atitude do internacional português foi muito criticado nas redes sociais, num dia em que um avião privado que transportava o futebolista argentino Emiliano Sala para o País de Gales desapareceu dos radares e ainda não foi encontrado. CR7 foi acusado de não ter sensibilidade, face ao drama da família, amigos e colegas de Emiliano Sala, que ainda não perderam a esperança de encontrar o atacante argentino com vida.
Um dos críticos desta atitude de Ronaldo foi Garay Lineker.
"Não é o dia para um tweet destes, não é de todo", considerou o antigo internacional inglês.
"Que vergonha. Podia publicar uma foto como esta noutro dia qualquer, mas não hoje. Rezem pelo Sala", escreveu um dos internautas.
Esta segunda-feira a noite, Emiliano Sala, de 28 anos, e um piloto, viajavam de Nantes, na França, para Cardiff, no País de Gales, e ao atravessar o Canal da Mancha as comunicações deixaram de ocorrer e a aeronave desapareceu.
O jogador comunicou-se com amigos e expressou o seu temor em viajar no avião, pois tinha experimentado muita turbulência num outro voo que fizera entre Nantes e Cardiff.
As buscas foram retomadas pelos serviços de resgate de Guernsey esta quarta-feira.
Perto do final da manhã desta terça-feira em Espanha, Cristiano Ronaldo reconheceu que cometeu quatro crimes fiscais, entre 2010 e 2014, evitando assim o pagamento de 5,7 milhões de euros ao Tesouro espanhol, na altura.
O futebolista português tinha sido condenado a 23 meses e 30 dias de prisão, os quais não cumprirá, mas terá de pagar uma multa de 18,8 milhões de euros por fraude fiscal.
A sentença que condenou Ronaldo como “autor criminalmente responsável” de quatro delitos contra a Fazenda Pública, decretou a substituição das penas de prisão aplicadas por uma multa de 360 mil euros, o que significa uma redução entre 16 e 20 por cento dos pagamentos em falta entre 2011 e 2013, enquanto em 2014 se verifica uma redução de 568.497 euros em relação aos 8,5 milhões de euros denunciados pelo Fisco.
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