Bruno Lage fez, ao início da tarde desta segunda-feira, a antevisão do jogo com o Famalicão, da 2.ª mão das meias-finais da Taça da Liga. O treinador do Benfica voltou a falar da derrota do passado sábado frente a FC Porto para a I Liga, explicou o porquê de o Benfica estar a sofrer mais golos agora e falou dos pontos fortes do Famalicão.

Derrotas de Benfica e Famalicão na I Liga podem mexer com este jogo? "As derrotas [de Benfica e Famalicão, para a I Liga no fim de semana] não têm nada a ver com este jogo porque são competições diferentes. As equipas acabaram de se encontrar há uma semana, há um mês jogaram e vencemos por 4-0, num jogo diferente, este 3-2 na Luz [1.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal] também foi diferente. Penso que as equipas estão em pé de igualdade, a diferença não é garantia de nada. É uma final para ambas as equipas, a intenção é seguir em frente [na Taça], independentemente do resultado".

Fazer dois golos no Dragão e perder: "Sinto os jogadores com uma vontade enorme de voltar a jogar bem, principalmente sem bola. Com bola temos estado bem, mas temos de ter o equilíbrio, quer dentro quer fora. Nos últimos jogos temos sofridos golos mas temos de olhar para a qualidade do nosso jogo ofensivo, a forma com construímos os dois golos no Dragão. Mas há outro lado: sofremos três golos. Não é fácil marcar dois golos no Dragão, nos últimos anos, fazer dois golos ali é sinónimo de pontos. Só por quatro vezes, nos últimos anos, se marcou dois golos no Dragão, devíamos ter protegido melhor a nossa baliza. Quem marca dois golos naquele estádio tem de sair com pontos".

Benfica está mais previsível? "Sobre os nossos pontos fortes e menos fortes, podemos trabalha-los, naquilo que é o contributo dos jogadores no coletivo. Os treinadores adversários percebem isso ao analisar os nossos jogos assim como nós o fazemos quando analisamos os jogos dos adversários: encontramos pontos fortes e fracos, que nós também os temos. Há pontos onde somos menos bons, escondemos isso durante muito tempo, mas neste momento estas situações estão a dar golo, e, por isso, mais visíveis. O nosso trabalho passa por sermos mais competentes em todos os aspetos".

Crescimento ofensivo de Rúben Dias: "Uma grande vitória na nossa forma de trabalhar é ver onde se tem de melhorar, independentemente de se ganhar ou não, estarmos constantemente a olhar para o que se está a fazer bem e trabalhar e evoluir. Vejam a importância que o Rúben Dias tem tido na nossa construção ofensiva e que no ano passado não tinha, onde sai para situações de golo. Já temos ideia desse crescimento, tem surgido mais golos com assistência ou com passe para assistência de golo. E isso salta à vista de todos porque dá golos".

Análise ao Famalicão: Independentemente da ideia de cada treinador, quando se analisa estes jogadores, vê-se que a equipa foi construída um pouco de base, é ideia do treinador e a escolha dos jogadores em função das suas ideias. Tem uma construção e dinâmica muito fortes, muita gente à frente da linha da bola, muita qualidade na construção, dois médios em profundidade [no 4-3-3], consegue colocar os dois médios também na largura, onde vemos lateral, médio e ala nos corredores, umas dinâmicas nada usuais e que temos de contrariar. É uma equipa muito competente na construção, na forma como conduz o jogo. Nos dois jogos [com o Famalicão] em casa tentamos anular isso da melhor maneira. Curiosamente, o primeiro golos deles [na passada terça-feira] nasce quando estamos organizados e com toda a gente atrás da linha da bola. É manter o que temos feito de bom, melhorar o que já falei, em termos defensivos.

O Famalicão-Benfica, da segunda-mão das meias-finais da Taça de Portugal, está marcado para às 20h45 desta terça-feira. Os 'encarnados' venceram na primeira-mão, na Luz, por 3-2.

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