A fabricante alemã de equipamento desportivo Adidas anunciou hoje que vai vender a sua subsidiária norte-americana Reebok, que tem atravessado um período de incerteza, para se concentrar apenas na sua marca.

O grupo "decidiu lançar o processo formal tendo em vista a venda da Reebok", comprada em 2006 por 3,1 mil milhões de euros e vai "concentrar-se no reforço da marca Adidas como líder do mercado desportivo mundial", refere um comunicado, sem falar em potenciais compradores.

A marca Reebok vai já aparecer à margem dos resultados financeiros do grupo no primeiro trimestre de 2021, precisa o comunicado.

No próximo dia 10 de março, serão divulgados mais detalhes sobre a orientação estratégica da Adidas até 2025, numa apresentação que será feita à imprensa e a analistas financeiros pelo líder dinamarquês do grupo, Kasper Rorsted.

Desde a aquisição da Reebok, a Adidas não conseguiu relançar a marca norte-americana, alimentando regularmente rumores sobre uma possível venda.

"Após uma reflexão ponderada, chegámos à conclusão que a Reebok e a Adidas podem atingir um potencial de crescimento muito maior se forem independentes", disse Rorsted, citado no comunicado.

No terceiro trimestre de 2020, a marca Adidas viu as suas vendas recuarem 2%, contra um recuo de 7% da Reebok, que depende fortemente do mercado norte-americano.

O grupo norte-americano VF Corp (que detém as marcas The North Face e Timberland) e a chinesa Anta Sports são considerados potenciais compradores.