Emanuel Silva e João Ribeiro (K2 1.000 e K4 1.000) e Fernando Pimenta (K1 1.000 e K4 1.000), o outro medalhado de há quatro anos, podem tornar-se nos primeiros portugueses a conquistarem mais de uma medalha na mesma edição dos Jogos.
“Eu penso nisso a cada dia que me ponho a pé, eu penso nisso em cada treino que faço, porque isso é a minha motivação diária, pensar nos resultados, em Portugal, nos meus amigos, na minha família, nos resultados que posso vir a conquistar. Era um feito inédito e sonho com esse momento. E nós vimemos de sonhos e os sonhos podem tornar-se realidade e eu acordo com vontade de competir e com vontade de ganhar”, assumiu.
Em declarações aos jornalistas na Aldeia Olímpica, o bracarense, de 31 anos, garante que “não há pressão, não há stress, existe muita força de vontade, muita ambição” e que quer que chegue o dia 17 de agosto, dia do K2, para mostrar o que vale.
“Tanto o K2 como o K4 são provas muito abertas, em que me vai dar prazer competir. O João [Ribeiro] é um grande atleta. Com o Fernando [Pimenta] e o David [Fernandes] vamos fazer um excelente K4. Os resultados estão à vista, por isso, só temos de acreditar em nós, estar no nosso dia e fazer aquilo que tão bem sabemos fazer, que é remar o mais rápido possível”, disse.
Emanuel Silva diz que é preciso “acreditar no trabalho que já foi feito para trás” e que mais ninguém do que os canoístas portugueses quer “um bom resultado para a canoagem e para Portugal”.
João Ribeiro garante que “a forma está no melhor de sempre”, após uma preparação de quatro anos e que vai conseguir no Rio de Janeiro “o melhor resultado”.
“Nós já não atingimos a final de um Mundial [em K2] há uns anos. Atingir a final dos Jogos é por isso o primeiro objetivo. Pelo menos estar na discussão [das medalhas] seria um grande resultado”, afirmou.
Para João Ribeiro, “o K4 ao longo deste ano tem evoluído bastante” e vai estar na melhor forma. “Atingindo a final, tudo é possível”, frisou.
“Claro que todos os atletas que estão cá sonham estar no topo, mas em primeiro lugar temos de estar na final e depois de lá estar é que podemos pensar em voos mais altos”, disse David Fernandes, o quarto elemento do K4.
O madeirense diz que não vai ser “nada fácil” chegar à final, lembrando que a qualificação já foi complicada, porque “só 10 embarcações de K4 é que podiam estar” no Rio de Janeiro.
“Mas foi muito complicado entrar nesse lote reduzido. Agora vamos lutar pelo melhor resultado possível”, afirmou.
As eliminatórias e as meias-finais de K2 1.000 metros estão marcadas para quarta-feira, com a final a disputar-se no dia seguinte, com o K4 a procurar a qualificação na sexta-feira, na véspera da regata decisiva.
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