O Governo considerou hoje desajustadas e infundadas as críticas do presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), ao primeiro-ministro e à ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, sobre o desinteresse em relação ao olimpismo nacional.

Em comunicado, o gabinete da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares refere que as críticas de José Manuel Constantino, em entrevista à Lusa “se revelam profundamente desajustadas e infundadas, e, logo, incompreensíveis”, e alude ao crescimento dos apoios públicos aos desporto.

A reação governamental surge depois de o presidente do COP ter denunciado o desinteresse do primeiro-ministro relativamente ao olimpismo português, revelando que durante nove anos nunca reuniu com António Costa, e estendendo as críticas à ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares.

Na entrevista à Lusa, sem nunca questionar as verbas atribuídas, Constantino acusou António Costa de ao longo da sua governação delegar funções nos ministros com a tutela do Desporto, e nos secretários de Estados responsáveis pelo setor, e de nunca ter estado presente em iniciativas do COP.

“Nunca esteve presente numa iniciativa nossa, mas está presente nas iniciativas do Comité Paralímpico. É uma opção política. Claro, é um sinal que está a ser dado, que há uns que são mais importantes do que outros”, afirmou o presidente do COP, lamentando o facto de nos quase 10 anos de exercício de funções nunca ter recebido “nenhum elogio ou nenhuma palavra de apreço da parte do primeiro-ministro, relativamente às conquistas que os atletas portugueses têm em eventos olímpicos”.

O executivo critica ainda o “tom que o presidente do COP dedica aos importantes passos dados ao nível da promoção da igualdade, da inclusão e da paridade de género no desporto, tratando estas questões como se de algo secundário se tratasse, como procurando fazer deste desafio das sociedades uma questão meramente ideológica”.

Na entrevista à Lusa, o presidente do COP refere que até a data, a ministra Ana Catarina Mendes “não acrescentou qualquer fator de novidade àquilo que são as políticas públicas desportivas”, afirmando: “Está muito ligada às questões da igualdade, às questões da inclusão, às questões da paridade de sexos, que fazem um bocadinho parte da agenda neoliberal de muitos partidos políticos europeus, mas isso são questões transversais às políticas sociais”.

Em comunicado, o gabinete da ministra Ana Catarina Mendes lembra que as verbas disponibilizadas para os Jogos Olímpicos Paris2024 tiveram um aumento de 18,4% face ao ciclo Tóquio2020, de 18,55 ME para 22 ME, refere o crescimento das verbas de apoio à preparação paralímpica e lembra também a comparticipação das delegações do COP em competições internacionais, como os Jogos Europeus e Jogos do Mediterrâneo.

“Tendo por referência o ciclo do Rio 2016 (financiado com 16 ME, pelo governo PSD/CDS), na preparação olímpica para Paris2024 verifica-se um aumento neste período de cerca de 37,5%”, refere o comunicado.

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