Cem anos depois, Paris vai acolher pela terceira vez os Jogos Olímpicos, procurando reeditar, entre 26 de julho e 11 de agosto, o sucesso da anterior edição, entre preocupações com segurança, agitação política e problemas nos transportes.
A ‘Cidade Luz’ será a segunda capital a receber o maior evento desportivo mundial em três ocasiões, repetindo o feito de Londres, que recebeu os Jogos em 1908, 1948 e 2012, números que vão ser igualados por Los Angeles em 2028.
Em 1900, o barão Pierre de Coubertin, pai dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, trouxe o evento para a sua ‘casa’, depois de edição inaugural em Atenas quatro anos antes, mas Paris não assistiu a um evento de sucesso.
Nesse ano, a capital francesa recebeu também a Exposição Universal, em cujo programa foram incluídos os Jogos Olímpicos, que se ‘arrastaram’ durante cinco meses, sem grande publicidade, com uma organização descoordenada e praticamente sem público, apesar de terem proporcionado algo histórico: a estreia das provas femininas.
Um ano antes de deixar a liderança do Comité Olímpico Internacional, Pierre de Coubertin cumpriu o sonho de fazer regressar os Jogos Olímpicos a Paris, em 1924, para tentar recuperar do fracasso de duas décadas antes.
Desta feita, o público aderiu e encheu as bancadas, em especial do estádio Colombes, especialmente edificado para os Jogos, e que recebeu a cerimónia de abertura e uma inédita cerimónia de encerramento.
Em 1924, os atletas foram, pela primeira vez, colocados numa espécie de Aldeia Olímpica, em algumas ‘cabanas’ junto ao estádio, e as mulheres atingiram, então, um inédito número de mais de uma centena.
Para Portugal, a segunda edição dos Jogos Olímpicos em Paris também entrou para a história, com a primeira medalha, conquistada pelos cavaleiros Aníbal Borges de Almeida, Hélder de Sousa Martins, José Mouzinho de Albuquerque e Luís Cardoso de Menezes, que foram bronze nos saltos de obstáculos por equipas.
Agora, pela terceira vez, Paris vai receber os Jogos Olímpicos, esperando nova edição de sucesso, embora com dúvidas na segurança, nos transportes e na limpeza do rio Sena, onde devem decorrer as provas de triatlo e natação de águas abertas, três preocupações a que se soma, agora, a incerteza política.
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