Um especialista em doenças tropicais vai acompanhar os velejadores que participam nos Jogos Olímpicos do Rio de 2016, anunciou um responsável da Federação Internacional de Vela (ISAF).
“Nomeámos um membro da nossa missão médica, um médico experiente em doenças tropicais, para estar aqui”, disse Alistair Fox, da ISAF, manifestando ainda preocupação com a presença de “objetos na água que podem afetar a justiça da prova”.
Velejadores de todo o mundo participam a partir de sábado e até dia 23 num ensaio na Baía do Guanabara, com vista aos jogos do próximo ano.
Organizações ecologistas têm denunciado uma degradação da poluição na Baía de Guanabara, onde se vão realizar muitas das provas de vela dos Jogos.
Medidas paliativas foram anunciadas pelo presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Marcelo Pedroso, como a construção de barreiras ecológicas para conter o lixo flutuante e a contratação de barcos ecológicos para apanhar os resíduos, assim como o lançamento de produtos químicos no mar.
Além da presença de dejetos sólidos nas águas da Marina, análises realizadas detetaram a presença de vírus, bactérias e coliformes fecais em concentrações capazes de causar doenças aos atletas, resultado igual ao obtido na Lagoa Rodrigo de Freitas e na Praia de Copacabana.
As autoridades locais já admitiram entretanto a dificuldade de cumprir o objetivo de tratar 80 por cento das águas residuais que desaguam na baía.
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