O Multiusos de Gondomar, no distrito do Porto, vai ser palco, de quarta-feira a domingo, do torneio de qualificação olímpica por equipas em ténis de mesa, com Portugal a jogar o ‘tudo ou nada’ a caminho de Tóquio2020.
Se no masculino Portugal tenta uma terceira presença consecutiva por equipas, e a quarta a nível individual, a formação feminina procura um apuramento inédito para Jogos Olímpicos.
Tiago Apolónia, Marcos Freitas, João Monteiro, Diogo Carvalho e João Geraldo são os oitavos cabeças de série do torneio, um resultado ditado pelo ‘ranking’ individual dos três melhores posicionados, enquanto, no feminino Fu Yu, já apurada a título individual, Jieni Shao, Luo Xue, Leila Oliveira e Rita Fins estão no 13.º posto da hierarquia de pré-selecionadas.
Ao todo, a prova apura nove seleções em cada género para o torneio que arranca em julho, e decorre dividido numa série de oito grupos, com oito países cada.
Primeiro, cada equipa disputa quatro jogos, com o vencedor da ronda de cada ‘poule’ a apurar-se logo para os Jogos de Tóquio2020.
Se Portugal falhar esse apuramento na primeira ronda, será formado um novo grupo, do qual o vencedor de entre essas oito equipas também terá lugar nos Jogos.
O presidente da Federação Portuguesa de Ténis de Mesa (FPTM), Pedro Miguel Moura, vê este torneio como uma prova “fantástica, com intensidade máxima, em que todos os jogos serão decisivos”, o que acaba por “criar alguma tensão”.
“Estamos a falar de cinco dias de finais consecutivas. Todas as informações que tenho é de que os atletas se estão a preparar convenientemente e estaremos prontos para competir, com base no que aconteceu em 2019, um ano memorável para o ténis de mesa português”, explicou à agência Lusa.
O dirigente destacou as duas medalhas de prata por equipas nos Europeus de Nantes, bem como o bronze nos Mundiais por Tiago Apolónia e João Monteiro, o ouro de Fu Yu nos Jogos Europeus, de onde também saiu um bronze por equipas no masculino.
“Há razões para acreditar que vamos conseguir atingir os objetivos. Mas vão ser dias de uma grande intensidade e expectativa”, completou.
O facto de esta prova, que substituiu o habitual apuramento por ‘ranking’ no coletivo, decorrer em Gondomar não é um acaso, mas antes “o principal objetivo” de uma candidatura, depois não concretizada, ao Mundial2022, ficando depois com a possibilidade de organizar este torneio.
Outro benefício de uma boa prestação aqui é que, além do apuramento de três atletas para Tóquio2020 para a competição por equipas, mais um suplente, Portugal garante, desde logo, a quota de dois atletas por género, em caso de apuramento coletivo, para a competição individual, que terá depois um outro torneio, no Qatar, a que Pedro Miguel Moura não quer “mandar nenhum atleta”, o que seria sinal da qualificação.
“Houve um objetivo de colocar a equipa masculina nos oito primeiros lugares, que significa que não encontra nenhum dos outros sete cabeças de série, e na feminina só encontraremos um dos oito primeiros na final da primeira fase. Se formos eliminados, ainda jogaremos a repescagem para o nono qualificado. Esses eram os primeiros objetivos desportivos para chegar a Gondomar, e foram conseguidos. Falta o mais difícil, que é fechar o apuramento”, rematou.
O torneio de qualificação olímpica por equipas de ténis de mesa decorre de quarta-feira a domingo no pavilhão Multiusos de Gondomar, apurando nove seleções no masculino e outras tantas no feminino para Tóquio2020, além de garantir às apuradas uma quota para dois atletas no exercício individual.
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