O presidente da Federação Portuguesa de Golfe (FPG) considerou hoje que a organização do GolfSixes, em Cascais, em 08 e 09 de junho, poderá ser interessante para a promoção e animação, mas com pouco relevo desportivo.

“Este evento terá alguma projeção, impacto e visibilidade, e pode ter interesse ao nível da animação para os presentes e ser benéfico para as ações de promoção da modalidade dos clubes e da própria FPG junto de crianças e famílias, mas a nível desportivo não acredito que seja relevante”, afirmou Miguel Franco de Sousa, em declarações à Lusa.

Na quinta-feira, a Câmara Municipal de Cascais anunciou a organização da terceira edição do GolfSixes, no campo Oitavo Dunes, na Quinta da Marinha, em 08 e 09 de junho. Neste torneio, que distribui um milhão de euros em prémios monetários, 16 pares por nações vão defrontar-se em partidas de seis buracos.

“Com este nível de investimento pode fazer-se muito melhor”, admitiu o presidente da FPG, realçando que a criação de formatos competitivos alternativos demonstra “a tentativa desesperada do ‘European Tour’ quebrar a sangria de jogadores para os Estados Unidos”.

Miguel Franco de Sousa recordou a presença dos circuitos europeus pelos ‘greens’ portugueses, com o Portugal Masters, em Vilamoura, entre 24 e 27 de outubro, para o ‘European Tour’, e o Open de Portugal, em Portimão.

“Acho importante que o golfe regresse a Cascais, mas tenho dúvidas que seja num formato destes, que não pontua para a ‘Race do Dubai’”, reiterou.

Os 16 pares vão ser divididos por quatro grupos, promovendo embates de todos contra todos em três partidas de seis buracos. Os dois primeiros de cada grupo avançam para os quartos de final, a disputar no segundo dia de prova.

Em 2018, o GolfSixes foi disputado em St. Albans, em Inglaterra, e foi vencido pelos irlandeses Paul Dunne e Gavin Moynihan.