Kaissarinha é o nome da mascote do Mundial de Hóquei em Patins que se vai realizar em Angola em setembro.

O vice-presidente da Federação de Patinagem para comunicação e marketing, Pedro Azevedo Chypyta, justificou a escolha do nome, entre vários candidatos: «Recebemos votos de Luanda, Namibe, Lundas, Huila, Benguela e Malanje. Dos 696 votos, o nome Charra-Charra obteve 255 votos, 115 votos foram o nome de Cassendinha, numa clara alusão a um dos bairros da cidade capital, e por último Kaissarinha, que é o nome de um lendário jogador de hóquei em patins, que recebeu 323 votos».

Chypyta disse também que o comité organizador tem como política divulgar o nome ao máximo para que na altura dos jogos o público possa saber do que se passa e aderir aos jogos.«Ainda falta muito tempo mas estamos a divulgar ao máximo para que na altura dos jogos as pessoas saiam de casa e vejam os jogos nos pavilhões», afirmou.

Sobre os estrangeiro que pensam vir a Angola participar da festa que será o mundial, Pedro Azevedo garantiu que estes vão-se sentir em casa e que não faltará alojamento: «Temos já uma rede de hotéis identificados, portanto, os estrangeiros que estejam descansados e tranquilos porque aqui há quarto para todos, sem contar que ainda estão aí as nossas belezas naturais. Mas a nossa grande preocupação é a província do Namibe, onde faltam ainda alguns acertos a fazer, porque aqui em Luanda está tudo pronto», garantiu.

Por seu lado, Damásio dos Santos Júnior Kaissara, que dá nome a mascote, disse estar orgulhoso pela distinção, mas garante que esta homenagem é de toda a família do hóquei em patins: «Estou muito feliz pela homenagem de que fui alvo, ainda vivo, mas isto não é só meu. Penso que tem de ser visto como sendo de todos que, de algum modo, contribuem ou contribuíram para o engrandecimento desta modalidade», afirmou aos jornalistas.

Kaissara lembrou ainda como entrou no hóquei patinado: «O gosto pelos patins surgiu no longínquo ano de 1975, quando o meu pai ofereceu-me um par de patins, daí para cá nunca mais parei», lembrou.

O também vice-presidente da federação de patinagem passou pelos principais clubes nacionais, como, ASA, a Escola de Hóquei do Cassenda, Sporting de Luanda e CDUAN, com a particularidade de ter sido campeão em todos os clubes por onde passou, e ter sido também o primeiro hoquista nacional a rumar para o profissionalismo, pois jogou durante dez anos em Itália.