O continente africano deve continuar a trabalhar para a estabilidade política, económica-social e eliminar os factores de estrangulamento do seu desenvolvimento visando organizar os Jogos Olímpicos, afirmou o presidente do Comité Olímpico Angolano, Gustavo da Conceição.

Em entrevista sexta-feira à Angop, em Luanda, no âmbito do dia de África (25), disse tratar-se do maior evento desportivo mundial e que o continente está em défice quanto à realização, por ser, também, susceptível a crises.

Para o ex-secretário-geral da Associação Nacional dos Comités Olímpicos Africanos (ACNOA), é fundamental que se trabalhe na normalização da evolução, que se ultrapasse as convulsões políticas, sociais, os conflitos armados, o tribalismo e o racismo.

Referiu ser na resolução de tais questões que está o futuro da candidatura africana ao evento para jovens que falta aos africanos. “Os Jogos Olímpicos já se realizaram em quatro continentes”, América, Europa, Ásia e Oceania".

O antigo capitão da selecção nacional de basquetebol indicou existirem países como a África do Sul e Marrocos com capacidade de infraestruturas, de investimento e de chamar investimento estrangeiro, porém, a dificuldade reside em situações que passam também pela revisão da fórmula de candidatura.

Gustavo da Conceição indicou existir uma directiva do Comité Olímpico Internacional (Agenda 20.20) que recomenda a revisão do processo de candidaturas de modo que sejam mais fáceis, mais baratas e ainda o facto da eleição do anfitrião já não ser decidida sete anos antes dos jogos como até pouco tempo.

Ainda assim, alertou para a relação directa entre a candidatura apresentada e o Produto Interno Bruto (PIB) do país candidato, acrescentando que por este caminho será muito difícil, apesar de existirem países que se aproximam aos europeus neste domínio.

Acredita ser a candidatura conjunta o melhor caminho por tratar-se também de uma aposta de Federações Internacionais como a de futebol e basquetebol. “Se for este o entendimento do COI, África deve iniciar um processo de diplomacia junto dos decisores".

Acrescentou que após a edição de Tóquio2020, Paris2024 e Los Angeles2028 vêm a seguir. Sendo assim, a África teria de pensar na prova de 2032 ou de 2036, o que seria um entrave dada à instabilidade política, económica-social que não permite ainda engajamento a longo prazo.

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