“Foi mesmo por opção técnica. Tínhamos inclusivamente iniciado a preparação para o Europeu, mas dado o adiamento do mesmo devido à pandemia de covid-19 e o que se está a passar na Europa em termos de pandemia, não podíamos correr o risco de ficar contaminados e comprometer o treino para a regata que verdadeiramente importa, para os Jogos Olímpicos”, justificou o selecionador, José Velhinho, em declarações à Lusa.
A prova decisiva será realizada em abril de 2021, em Varese, Itália, na qual o olímpico Pedro Fraga, de 38 anos, e o aspirante Afonso Costa, de 24, vão tentar garantir uma das duas vagas que restam para o Continente em ‘double scull’ peso ligeiro – Afonso Dinis, de 21 anos, é o suplente que trabalha em permanência com a equipa.
“Analisando os prós e os contras, optámos por ficar em Portugal, onde eles vão participar nos campeonatos nacionais, nos quais já não competem há muitos anos, valorizando assim a prova e os seus clubes”, completou o técnico.
Sábado, será a vez dos juniores, enquanto os seniores vão para a pista de Montemor-o-Velho no domingo, todos em ‘skiff’, ou seja, em barco de um só lugar, num evento sem público e no qual o contacto entre os atletas e demais agentes desportivos “será reduzido ao mínimo”.
Os sub-23 e os juniores tiveram já os seus Europeus em 2020, pelo que Joana Branco, em ‘skiff’ ligeiro, seria a outra atleta que poderia ir a Poznan, acabando por ficar em terra pelos mesmos motivos de segurança.
“Acredito que esta é a opção certa e que o Pedro Fraga e o Afonso Costa têm reais possibilidades de se apurarem. Os indicadores são muito bons. O objetivo foi adiado apenas um ano”, reforçou José Velhinho.
Juntamente com Nuno Mendes, Pedro Fraga foi oitavo em Pequim2008 e quinto em Londres2012, tendo falhado a qualificação para o Rio2016.
Com este adiamento de Tóquio2020, devido à pandemia, Afonso Costa “terá mais tempo para evoluir, crescer, estar mais forte junto de um companheiro que, certamente, manterá a excelente forma a que nos habituou”.
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