O dueto português de natação artística tem agora mais dois meses para preparar a qualificação dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, na sequência do adiamento da prova, que até pode revelar-se benéfico para a representação nacional.

“O adiamento é sempre bom, porque só começámos a trabalhar a sério em Lagos há um ano e meio e mais dois meses são mais uma oportunidade para duas miúdas com muito talento encurtarem a distância para outros duetos que já trabalham há muitos anos”, afirmou à Lusa a treinadora Sylvia Hernandez Mendizabal.

Para a responsável técnica, a interação entre o dueto vai “amadurecendo e cimentando” com o tempo, sendo algo “que se nota em duplas mais maduras”.

A prova de qualificação de natação artística, a primeira competição olímpica do ano em Tóquio, foi adiada por dois meses – para o período entre 01 a 04 de maio - devido às restrições impostas pelo Japão na luta contra a pandemia de covid-19, confirmou hoje a organização.

As portuguesas Cheila Vieira e Maria Beatriz Gonçalves aguardam a realização desta competição de apuramento para as competições de natação artística (designada por sincronizada até 2017) para Tóquio2020.

A dupla viu-se obrigada a parar a preparação em piscina em 13 de março, mas os treinos continuaram "em seco, entre quatro a cinco horas por dia, cada uma em sua casa". Foram retomados em maio, com a abertura do Centro de Alto Rendimento do Jamor, em Oeiras, e supervisionados via Skype pela treinadora, em Lagos, no Algarve.

Desde junho que o trio trabalha na piscina de Lagos, “já nos horários de Tóquio”, acordando “perto das cinco da manhã”, num plano “que se vai manter”, mas terá de ser adaptado, indicou a treinadora.

Agora, com dois meses extra, vai haver uma “replanificação dos trabalhos” e ser procurada “mais uma competição” para atestar o nível.

Este fim de semana, a dupla participa de forma virtual numa prova do ‘World Series’, gravando a coreografia na sua piscina, que será enviada para os Estados Unidos. No dia 18 de março é transmitida na internet, altura em que “os juízes avaliam e se sabem os resultados”, revelou Sylvia Mendizabal.

A treinadora mostrou ainda confiança na realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio este ano, considerando que a organização estará a procurar uma forma de “garantir a saúde dos atletas”, concluindo que “serão uns jogos diferentes, mas que irão acontecer”.

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