O barulho dos adeptos no primeiro jogo do Chile no Mundial de Râguebi foi tão alto que os jogadores não se conseguiam ouvir uns aos outros, confessou Marcelo Torrealba esta terça-feira.
Os corajosos sul-americanos tiveram uma exibição impressionante na sua estreia, marcando o primeiro ensaio antes da remontada do Japão, que os derrotou por 42-12 no escaldante Toulouse, no passado domingo.
Os jogadores tiveram que se adaptar aos desafios colocados pelo maior público diante do qual já jogaram.
"Nunca jogamos com tantas pessoas presentes", disse Torrealba aos jornalistas. “O máximo que jogamos foram 15 mil e em Toulouse foram 30 mil", acrescentou. “Era difícil comunicarmos uns com os outros, era mais olhar do que ouvir”, confessou.
Entre a multidão estavam familiares, namoradas, amigos de escola e até companheiros de clube de Torrealba. Mas o jogador também ficou impressionado com a quantidade de moradores locais que compareceram para apoiar a equipa.
"Há muitos chilenos em França que nos apoiam. As pessoas de lá foram incríveis. Isto é uma festa", sublinhou.
Dois dias depois do jogo histórico, Torrealba ainda estava em alta.
"Foi uma loucura, algo incrível. Estamos todos muito orgulhosos pelo espírito de luta da equipa", disse Torrealba.
O Chile deu uma boa amostra, mas à medida que o jogo avançava, a classe do Japão contou.
"Aprendemos que neste nível os erros custam muito caro", explicou.
O próximo adversário será Samoa, em Bordeaux, no sábado, mas Torrealba e os seus companheiros já estão de olho na Argentina, com quem jogarão a última partida do Grupo D, em Nantes, no próximo mês. Será o primeiro confronto do Mundial de Râguebi entre duas seleções sul-americanas.
“Será histórico para o râguebi sul-americano”, reconheceu. "Mas temos de analisar jogo a jogo e agora pensar em Samoa. Cada jogo é uma nova aventura, algo novo. Estamos a estabelecer o limite", garantiu.
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