A Federação Portuguesa de Surf (FPS) está satisfeita com o regresso à prática de desportos ao ar livre no âmbito do plano de desconfinamento da pandemia de covid-19, mas quer que englobe o ensino da modalidade.
"Estamos muito contentes com esta decisão, é sinal de que o Governo nos ouviu e foi sensível ao nosso esforço e à nossa campanha nesse sentido, juntamente com Associação Nacional de Surfistas e a Liga Mundial de Surf", disse o seu presidente, João Aranha, à Lusa.
De acordo com este plano, a prática de desportos individuais ao ar livre, sem a utilização de balneários ou piscinas, vai ser permitida já a partir de segunda-feira.
João Aranha desejou que esta decisão seja estendida ao ensino do surf, mostrando "preocupação" com as "centenas de escolas de surf que estão à beira da ruína".
"Não se percebe ainda deste plano se a retoma engloba o ensino do surf, mas, com regras, como é óbvio, espero que as aulas de surf possam voltar. Há várias formas de respeitar as regras, por exemplo com apenas três ou quatro alunos, no máximo, por professor", avançou, estimando em cerca de 150 mil os praticantes de surf em Portugal.
Esta foi uma das medidas que constam no plano de desconfinamento aprovado hoje em Conselho de Ministros quanto à transição do estado de emergência, que cessa no sábado, para o estado de calamidade.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 227 mil mortos e infetou quase 3,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Cerca de 908 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 989 pessoas das 25.045 confirmadas como infetadas, e há 1.519 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
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