![Canadá exige maior transparência sobre diversidade nos bancos e seguradoras](/assets/img/blank.png)
A decisão, publicada na sexta-feira no jornal oficial do Governo, contrasta com a ofensiva lançada nos Estados Unidos pelo novo Presidente Donald Trump contra as políticas que promovem a diversidade.
A nova regulamentação canadiana visa facilitar a contratação de mulheres, minorias, populações indígenas e pessoas com deficiência para cargos de elevada responsabilidade.
"A diversidade é essencial para criar um setor financeiro próspero que reflita os valores canadianos e que realize o seu potencial", disse o Governo liderado pelo primeiro-ministro Justin Trudeau.
"Estudos mostram que a diversidade e a inclusão na governação corporativa são importantes impulsionadores de novas ideias e inovação, desempenho e crescimento organizacional", acrescentaram as autoridades de Otava.
As regras que serão aplicadas a 16 instituições financeiras são semelhantes às que já estão em vigor em negócios regulados pelo Governo federal, como as telecomunicações, as companhias aéreas e os caminhos-de-ferro.
As empresas terão de divulgar os seus resultados anuais de diversidade aos investidores.
No país vizinho, os Estados Unidos, as políticas DEI (Diversidade, Equidade, Inclusão), um legado do movimento dos direitos civis dos anos 60 e ancoradas nas políticas de recursos humanos, sofreram a ira da nova administração Trump.
O Presidente republicano assinou um decreto a 20 de janeiro, dia da tomada de posse, declarando como ilegais os programas DEI dentro do Governo federal. Todos os funcionários e empregados destes programas foram colocados em licença administrativa forçada antes de serem despedidos "no prazo de 60 dias".
No Canadá, a maioria dos reguladores regionais do mercado financeiro já exige que as empresas cotadas publiquem dados quanto à paridade na composição dos conselhos de administração e cargos de gestão.
Pelo menos uma mulher fez parte de 59% dos conselhos de administração das empresas reguladas pelo governo federal, e 27% delas tinham uma pessoa de uma minoria em 2023, de acordo com as estatísticas do Governo.
Além disso, 29% dos cargos de chefia eram ocupados por mulheres, 13% por minorias.
Todos estes dados mostram uma subida ligeira em comparação com 2022.
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Lusa/Fim
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