Evenepoel, que este ano venceu também a Volta ao Algarve pela terceira vez e soma já 58 vitórias na carreira, recusou mais uma vez as comparações com Eddy Merckx.
“São os meus últimos Jogos Olímpicos e desfrutei sobretudo da atmosfera que havia em Paris. O público foi uma coisa extraordinária, emoções muito fortes que passei neste último circuito, por serem provavelmente as minhas últimas Olimpíadas”, confessou.
A liderança de Afonso Eulálio (ABTF-Feirense), que aos 22 anos vestiu a camisola amarela após a etapa da Torre, é posta à prova antes do contrarrelógio final em Viseu.
No sábado, a nona e penúltima etapa da Volta a Portugal liga a Maia ao alto da Senhora da Graça, em 170,8 quilómetros, com a subida final e a Serra do Marão, ao quilómetro 94, como principais dificuldades de um dia decisivo para as contas finais.
“O título de campeão do mundo é muito diferente dos Jogos Olímpicos. Não é pressão, mas responsabilidade. Uma motivação extra. E vou tentar aproveitar isso ao máximo”, prometeu o ciclista.
Na véspera de uma das mais reconhecidas subidas do ciclismo nacional, e do contrarrelógio final em Viseu, no domingo, os 108 corredores ainda em prova terão de atravessar o Minho na antepenúltima etapa, partindo de uma das cidades que mais vezes recebe a Volta.
Um desses casos é o da Aviludo-Louletano-Loulé Concelho, que venceu a segunda etapa da 85.ª Volta, na estrada até domingo, com o argentino Nicolás Tivani.
Com três das quatro montanhas categorizadas nos últimos 50 quilómetros, a esperança de uma etapa disputada ao sprint em Paredes estará nas ‘costas’ dos companheiros de equipa dos velocistas.
Portugal está interessado em voltar a receber no próximo ano, pela terceira vez, etapas da Volta a Espanha em bicicleta, revelou o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado.
Vidago (129,9 km) volta a atribuir pontos e segundos de bonificação, antes da subida ao Pinho (terceira categoria) e uma primeira passagem em Boticas, de onde o pelotão sai para Torneiros.
Depois de uma primeira parte da corrida em que só a segunda etapa, entre Santarém e Lisboa, propiciou um sprint, o regresso à estrada após dia de descanso é nova oportunidade.
Tentou acabar a etapa de domingo, por ter o dia de descanso a seguir, e embora tenha dado “tudo até o corpo não ter onde ir buscar mais energia”, não conseguiu terminar.
Na Volta, de resto, somou mais dois 10.º lugares, em 2018 e 2021, com o melhor ano a ser o de 2023, com o sexto lugar final, acima do sétimo de 2016 e oitavo de 2017.
“Sabíamos que hoje ia ser importante não correr demasiados riscos, pois podíamos perder tudo, e felizmente cheguei à meta são e salvo e consegui o meu objetivo, que era levar para casa um diploma olímpico”, resumiu um sorridente Nelson Oliveira.
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