As avançadas da seleção portuguesa de futebol feminino Ana Borges e Edite Fernandes revelaram hoje a ambição de surpreender a Holanda, no segundo jogo de qualificação para o Mundial de 2015, a disputar no Canadá.
«Depois da vitória com a Grécia (5-1), em que o jogo nos correu bem e chegámos à goleada, o adversário de sábado é a Holanda, que é muito mais difícil, mas estamos a trabalhar para conseguir um bom resultado e, quem sabe, ganhar o jogo», afirmou à agência Lusa a “capitã” Edite Fernandes.
O mote dado pela futebolista do Valadares Gaia é seguido pela avançada dos espanhóis do Prainsa Saragoça Ana Borges, que atesta o empenho da equipa das “quinas” para superar as holandesas, no sábado, a partir das 16h00, na Maia.
«Eu penso que sim, estamos a trabalhar para isso. Sabemos que a Holanda é uma seleção difícil, das mais difíceis que temos no grupo, mas tudo faremos para conseguir uma surpresa», referiu.
Analisando o Grupo 5, cuja liderança é repartida por Portugal, Holanda, Noruega e Bélgica (com mais um jogo disputado), Ana Borges não tem dificuldades em atribuir o favoritismo à vice-campeã europeia.
«Sabemos que a Noruega é a mais complicada, foi vice-campeã do Europeu, sabemos que a Holanda, pelo “ranking”, é a segunda mais difícil e depois temos a Bélgica. No entanto, temos de pensar passo a passo e vamos sonhar», salientou Ana Borges, reconhecendo que jogar em Portugal é «mais do que uma vantagem, uma motivação», por contar com o apoio dos portugueses e da família.
A “capitã” esteve na única vitória de Portugal frente à Holanda, em 2001, na qualificação para o Mundial de 2003, nos cinco embates já disputados, e salientou a vontade de o voltar a fazer.
«Eu já defrontei e ganhei à Holanda, mas também já perdi. Na altura. já era uma equipa bastante difícil. Têm uma grande seleção, estiveram presentes no campeonato da Europa e acho que vamos ter dificuldades acrescidas. Gostaríamos de voltar a ganhar e vamos fazer por isso», prometeu.
Edite Fernandes é a mais experiente da seleção comandada por António Violante e conclui que a equipa das “quinas” tem beneficiado das apostas na formação, sobretudo com a integração de jogadoras que estiveram nas meias-finais do Europeu de sub-19, em 2012.
«Há uns anos atrás, era uma seleção diferente, mas temos agora um grupo bastante jovem, com qualidade, e há que dar valor às miúdas que estão aqui de novo, que nos dão muito mais qualidade. Elas têm ajudado imenso, até porque algumas já têm a experiência do campeonato da Europa de sub-19 e isso tem valorizado imenso a nossa seleção», explicou.
No último fim de semana, a seleção portuguesa de sub-17 garantiu a qualificação para a fase final do Europeu da categoria, a disputar entre 26 de novembro e 08 de dezembro, em Inglaterra, e isso, de acordo com Edite Fernandes, também pode ajudar a «conquistar» mais adeptos, eventualmente já no sábado.
«Eu acredito que vamos ter bastante apoio. A cada dia que passa, as pessoas ouvem falar mais do futebol feminino e da nossa seleção e apoiam-nos. Portanto, estou à espera de um estádio bem composto. Isso é sempre uma força extra, que nos ajuda, que é precisa, que é necessária», concluiu.
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