A renúncia do presidente de direção do Recreativo da Caála, Horácio Mosquito, confirmada segunda-feira, pode agudizar ainda mais a crise da equipa principal de futebol do clube, que ocupa a última posição do presente Girabola, com 12 pontos somados dos 45 possíveis.
O prognóstico é de alguns agentes desportivos da província do Huambo, entrevistados esta terça-feira, em reação à demissão de Horácio Mosquito do cargo que ocupava desde 2008.
Na visão dos interlocutores, esta decisão é prejudicial para o clube, tendo em conta as dificuldades financeiras que enfrenta desde o início do Girabola, que estão na base da má campanha na primeira volta, na qual em 15 jogos apenas venceu um.
Para o chefe do departamento de futebol do Petro do Huambo, Alcino Manuel, esta demissão do líder do Caála terá implicações negativas na principal equipa de futebol e também na componente organizativa e funcional do próprio clube.
"Sabemos um pouco do caráter da pessoa de Horácio Mosquito. Por esta razão sugerimos que ele repense esta sua decisão. Ter uma comissão de gestão não é o mesmo que ter um presidente, é uma situação que pode, até, favorecer a descida de divisão da equipa", manifestou.
Alexandre Evaristo Dumba Albino, professor de educação do Magistério Primário, também mostrou preocupação com esta renúncia de Horácio Mosquito, afirmando ser o prenúncio do fracasso da equipa no Girabola.
"Com a saída do presidente cria-se uma grande lacuna no que respeita à gestão financeira do clube, esperando-se, deste modo, um quadro bastante negro para o futebol da província do Huambo", frisou, acrescentando que esta situação veio ainda mais agudizar a crise do Caála.
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