Em entrevista publicada hoje pelo diário belga Le Soir, de Bleeckere respondeu com um «não comento» referindo-se às palavras do treinador português do Real Madrid, que acusou o juiz belga de ter favorecido os catalães no encontro da segunda mão das meias-finais da última edição da Liga dos Campeões, ganha pelo Inter de Milão, orientado na altura por José Mourinho.

Numa decisão muito criticada por Mourinho, o árbitro belga expulsou o jogador do Inter Thiago Motta ainda na primeira parte do encontro, ganho pelo Barcelona por 1-0, mas os italianos seguiram em frente por terem ganho na primeira mão por 3-1.

«Quando um árbitro é de alto nível, tem de aceitar viver com a crítica, tanto positiva como negativa. Não serve de nada alimentar polémicas», afirmou de Bleeckere.

Sobre os dias que antecederam o encontro de hoje, com denúncias cruzadas dos dois lados à UEFA e acusações de jogo sujo, o árbitro está consciente de que o ambiente é tenso.

«Evidentemente que sei o que se passou, mas não devo tê-lo em conta para nada. Todas as partidas têm a sua história e, com os meus assistentes, devo fazer tudo o que está ao meu alcance para conseguir que se fale só de futebol», adiantou.

De Bleeckere, que abandonará a arbitragem no final desta temporada, considerou a oportunidade de dirigir o “clássico” espanhol como «um presente caído do céu» na recta final da sua carreira.