“La Roja” tornou-se esta noite campeã do Mundo de futebol e acabou com todas as dúvidas quanto à definição de qual é a melhor equipa do Mundo.

Espanha junta ao título europeu o ceptro mundial, mas, mais do que isso, deixou patente nos relvados sul-africanos que o seu futebol é de facto de uma qualidade e mestria superior.

Mas não foi um caminho fácil aquele que a “Roja” teve de marchar para atingir a glória final. Começou, aliás, com um tropeção que teve tanto de inesperado como de justo: a Suíça montou a teia em torno do “tiki-taka” espanhol, soube esperar, e o golo de Gelson Fernandes foi o veneno que pôs a Espanha em sentido.

Del Bosque percebeu a mensagem e frente às Honduras emendou a mão. Sem grande magia, é certo, os espanhóis conquistaram os primeiros três pontos na África do Sul e emergiu Villa nos cabeçalhos dos jornais.

Seguia-se o Chile e com Portugal e Brasil já apurados, a Espanha escolheu enfrentar Cristiano Ronaldo e companhia e venceu os chilenos, assegurando o primeiro lugar do Grupo H.

A cidade do Cabo tinha trazido aos Navegadores a maior goleada deste Mundial, mas a Espanha devolveu a Portugal o Cabo das Tormentas e seguiu para os quartos-de-final, com Villa a assumir o papel de Adamastor para os lusos.

O Paraguai era teoricamente mais fácil, mas a magia espanhola de 2008 andava ainda desaparecida e só perto do fim e depois de pénaltis desperdiçados para os dois lados é que Villa decidiu pôr fim às dúvidas e mandou a Espanha para as meias, onde só havia estado por uma vez, na distante década de 50.

Aí o adversário era de maior gabarito, até porque a tricampeã Alemanha tinha despachado a Inglaterra por 4-1 e a favorita Argentina por claros e históricos 4-0.

Pouco importou para os espanhóis. O resultado voltou a ser pela margem mínima (1-0), mas a superioridade evidenciada – sobretudo no segundo tempo – não ofereceu margem para contestação e oferecia uma página histórica ao futebol espanhol.

O polvo já adivinhara antes e voltou a não se enganar na previsão do resultado da final. Num jogo intenso e em que as equipas não se conseguiram superiorizar uma à outra, teve contornos dramáticos a vitória espanhola: só ao fim de 116 minutos Andrès Iniesta colocou a cereja no topo do bolo espanhol e marcou, provavelmente, aquele que será o golo mais importante da sua carreira.

A Espanha faz história e ganha o título mundial pela primeira vez na sua história. Já a Holanda vê o título fugir-lhe na final pela terceira vez, depois das desilusões em 1974 e 1978.

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