Nunca um clube tinha investido tanto dinheiro para formar o plantel que apresenta atualmente. Assente a poeira do mercado de transferências de Janeiro, o Football Observatory fez as contas ao investimento realizado por todas as 98 equipas do primeiro escalão das cinco principais Ligas europeias - espanhola, inglesa, italiana, alemã e francesa - para constituírem os atuais plantéis e constatou que o Manchester City bateu o seu próprio recorde, atingindo os 878 milhões de euros em gastos.
Só esta época o conjunto orientado por Josep Guardiola gastou mais de 315 milhões de euros na contratação de novos jogadores, como Danilo (ex-Real Madrid, contratado por 30 milhões de euros), Ederson (ex-Benfica, 40 milhões de euros), Bernardo Silva (ex-Mónaco, 50 milhões de euros), Kyle Walker (ex-Tottenham, 51 milhões de euros), Benjamim Mendy (ex-Mónaco, 57 milhões de euros) e, mais recentemente, Aymeric Laporte (ex-Athletic Bilbau, 65 milhões de euros).
De acordo com o Football Observatory, a formação orientada por Josep Guardiola supera os valores investidos na constituição dos plantéis de Paris Saint-Germain (805 milhões de euros), Manchester United (747 mihões de euros) e Barcelona (725 milhões de euros), os outros três únicos clubes a ultrapassarem a barreira dos 700 milhões.
A completar o "top dez" estão Chelsea (592 milhões), Real Madrid (497 milhões), Liverpool (461 milhões), Juventus (448 milhões), Arsenal (403 milhões) e Everton (365 milhões). São, portanto, seis as equipas inglesas entre as dez que mais gastaram na constituição das suas atuais equipas, dados que vêm provar o atuar poderio financeiro das formações da Premier League. O gigante Bayern Munique, por exemplo, surge apenas no 11º lugar.
A média de despesas na formação dos plantéis por clube na Premier League é de 291 milhões de euros e constitui mesmo, de acordo com o estudo, um novo máximo. Comparativamente com os valores médios por clube das restantes quatro Ligas avaliadas, a Liga espanhola é a que mais se aproxima, mas fica-se pelos 131 milhões de euros por clube. Na Série A italiana a média é de 124 milhões de euros por clube na constituição dos plantéis e na Bundesliga a média é de 113 milhões de euros.
No quinto lugar surge a Liga francesa, com uma média 97 milhões de euros por clube. Não é, pois, de estranhar que dos 98 clubes avaliados, três dos quatro que menos gastaram na formação dos respetivos plantéis sejam franceses, com o Troyes a ser, de acordo com este estudo do Football Observatory, a formação que menos dinheiro despendeu para formar o seu plantel: apenas dois milhões de euros.
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