A justiça do Uruguai condenou, na quinta-feira, Nicolás Schiappacasse, ex-jogador do Peñarol e do Famalicão, a um ano e dois meses de prisão domiciliaria. O antigo avançado dos minhotos, que jogava no Peñarol mas cujo passe pertence atualmente ao Sassuolo da Itália, foi condenado por tráfico de armas.

Schiappacasse, de 23 anos, foi considerado "autor penalmente responsável por reiterados delitos de tráfico de armas de fogo e munições", disse à imprensa o diretor de Comunicação da Procuradoria do Uruguai, Javier Benech.

O jogador já cumpriu dois meses e 12 dias da sentença desde que foi detido em prisão preventiva no dia 28 de janeiro.

Agora o antigo avançado o Famalicão terá que cumprir seis meses de prisão domiciliar, com autorização para treinar e jogar pelo clube El Tanque Sisley de Montevidéu, que atualmente não participa de nenhuma liga profissional.

Após esse período, o jogador terá que se apresentar a uma esquadra de polícia uma vez por semana, durante seis meses, para prestar serviços comunitários.

"Ele está expressamente proibido de participar de qualquer tipo de evento desportivo, exceto quando for como membro do plantel [do El Tanque Sisley de Montevidéu] para participar nos jogos", explicou Benech.

Schiappacasse foi detido em janeiro, altura que a Polícia apreendeu-lhe uma pistola 9mm, quando dirigia numa autoestrada a caminho da cidade de Maldonado, próxima de Punta del Este, para assistir como adepto ao clássico entre Peñarol e Nacional.

Quando a polícia o questionou sobre a finalidade da arma, que estava carregada e escondida por debaixo da sua roupa, Nicolás Schiappacasse disse que era para para ser entregue aos membros dos barra brava (adeptos violentos) do Peñarol.

De acordo com a investigação o Ministério Público do Uruguai, "várias oportunidades" o jogador "adquiriu armas de fogo e munições sem a devida autorização".