A TVI e o Mais Futebol tiveram acesso ao mandado de detenção de Bruno de Carvalho que revela que o antigo dirigente dos verdes e brancos está indiciado por 56 crimes na sequência da investigação aos ataques de 15 de maio à Academia de Alcochete.
O ex-presidente do clube leonino, cuja casa foi revistada por elementos das autoridades da tarde de domingo, responde por dois crimes de dano com violência, 20 crimes de sequestro, um crime de terrorismo, 12 crimes de ofensa à integridade física qualificada, um crime de detenção de arma proibida e 20 crimes de ameaça agravada.
Bruno de Carvalho e Mustafá foram detidos no domingo, no âmbito da investigação da invasão à Academia do clube, em Alcochete, com base em mandados de detenção emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
O ex-presidente do clube lisboeta, que está detido nas instalações da GNR de Alcochete, e Mustafá deverão ser ouvidos no Tribunal do Barreiro, onde decorre o processo, podendo ficar sujeitos a medidas de coação, tal como aconteceu com 38 arguidos, que estão em prisão preventiva.
Também no domingo, a GNR realizou buscas na sede da Juve Leo, no Estádio José de Alvalade, em Lisboa, um espaço conhecido como ‘A Casinha’, com o contributo da Polícia de Segurança Pública (PSP), que estabeleceu um perímetro para garantir a segurança da zona.
O advogado de Bruno Carvalho, José Preto, qualificou a detenção de “vexatória” e “aviltante”, em declarações à RTP, no domingo, lembrando que o ex-presidente do Sporting já tinha comparecido voluntariamente no DIAP para prestar declarações, sem, no entanto, conseguir ser ouvido.
Em 15 de maio deste ano, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, treinadores e ‘staff’.
No dia dos acontecimentos, a GNR deteve 23 pessoas, tendo posteriormente efetuado mais detenções, estando atualmente em prisão preventiva 38 pessoas, entre as quais o antigo líder da Juventude Leonina Fernando Mendes.
Os 38 arguidos que aguardam julgamento em prisão preventiva são todos suspeitos da prática de diversos crimes, designadamente, de terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com violência.
Bruno de Carvalho, que à data dos acontecimentos liderava o clube, foi, entretanto, destituído em Assembleia-Geral e impedido de concorrer à presidência do clube, atualmente ocupada por Frederico Varandas.
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