Em entrevista à TVI, Rui Costa falou do papel que pode vir a desempenhar no futuro do Benfica. Para já candidato ao lugar de vice-presidente na lista de Luís Filipe Vieira, ás eleições desta quarta-feira, o 'maestro' tem sido apontado à presidência das 'águias' num futuro próximo. Possibilidade que não coloca de parte, mas que também não assume desde já.

"É um orgulho que o meu presidente acredite que posso ser um dia presidente do Benfica. Mas vamos por partes: primeiro vamos ter quatro anos para perceber se tenho capacidade para me candidatar e dar continuidade a este projeto. O meu orgulho e benfiquismo não podem estar à frente da capacidade. E depois teremos de ver se os sócios continuam com vontade que eu um dia possa ter papel mais importante", começou por afirmar.

"Fala-se muito do meu papel no Benfica, mas não estou aqui só por estar, nem estou aqui a tirar algum dividendo, aliás disso é algo que nunca me poderão acusar", acrescentou o agora administrador da SAD e diretor desportivo do clube.

Rui Costa recusou ainda a intenção de tirar quaisquer dividendos desta atual ligação ao Benfica. "A mim podem-me acusar de tudo. Serei competente par uns, incompetente para outros. Quanto a essa parte, não toquem nela. Isso fere, fere mesmo. Teria que recuar anos para relembrar às pessoas o meu passado no clube e que dividendos que tirei dele, independentemente de ter ordenado ou de não ter. Essa parte a mim não podem tocar, indiscutivelmente", sublinhou.

Sobre os vários processos judiciais a que o Benfica e o seu atual presidente têm vindo a ser ligados, Rui Costa reconheceu que estes só prejudicam o clube, mas reiterou a sua convicção em relação à idoneidade de Luís Filipe Vieira. "Todos os dias nos jornais há as mesmas conversas e isso vai prejudicar sempre. O futebol português vive disso. O futebol português vive muito da polemica à volta de qualquer processo. É disso que se fala e esquecem-se dos jogos. Até prova em contrário, não há nenhum motivo para duvidar da palavra do presidente, com quem trabalho diariamente. Em Portugal, há gente fantástica a acusar diariamente. Não tenho nenhum motivo para duvidar do presidente Vieira. É a última coisa que podem pegar através de mim", terminou.