Os clubes da Liga Portuguesa de Futebol (LPFP) aprovaram hoje em Assembleia-Geral uma alteração ao modelo competitivo da II Liga, que previa a divisão do campeonato em duas zonas já em 2014/15, optando por manter o formato que vigorou até agora.
A alteração foi aprovada por maioria, com o voto contra do Sporting de Braga e a abstenção do Boavista, numa sessão em que estiveram ainda presentes clubes como o Benfica, Sporting, Penafiel, Moreirense, Leixões, Olhanense, Tondela, Viseu, Aves, Covilhã, Chaves, União da Madeira, Portimonense, Santa Clara, Beira-Mar, Atlético, Feirense, Trofense e Oliveirense.
O Vitória de Guimarães, o FC Porto, Rio Ave, Estoril e Académica ainda chegaram a estar presentes no início da sessão, mas abandonaram a Assembleia-Geral em sinal de protesto pela sua realização e por considerarem os membros que presidiram a mesa "ilegítimos".
José Godinho, presidente da Oliveirense e porta-voz da comissão de clubes da II Liga, esclareceu que os clubes que abandonaram a sessão mais cedo fizeram-no de forma legítima e de acordo com as suas convicções.
"Compreendo os clubes que saíram antecipadamente da assembleia. Tratava-se de um assunto da II Liga. Aqueles clubes da I Liga estavam solidários connosco, mas não queriam prejudicar os princípios que têm vindo a defender há cerca de um ano. Por isso optaram por tomar essa posição", explicou.
José Godinho disse que, no seu entender, a providência cautelar interposta pelo Vitória de Guimarães “não suspendia a constituição da mesa” da AG.
“Houve ali um debate em que poderia acontecer duas coisas: ou os elementos da mesa se retiravam por livre vontade e aí abria-se um espaço legítimo para que os clubes constituíssem uma nova mesa e se realizasse uma nova assembleia ou então não se retiravam. E nós tivemos de a realizar. E foi assim que os clubes da II Liga acabaram por se impor para que isso acontecesse", referiu ainda o presidente da Oliveirense, à saída da reunião.
Os clubes da II Liga mantiveram o formato competitivo da competição, em que todos jogam contra todos, em duas voltas, em detrimento do modelo adotado para o alargamento da prova, de 22 para 24 clubes, com a divisão por série norte, com os emblemas dos Açores, e sul, com os representantes da Madeira, com os 12 clubes de cada uma das zonas a defrontarem-se também em duas voltas.
Seguindo este modelo competitivo, os primeiros seis classificados seguiriam para a disputa da subida ao primeiro escalão, com o primeiro a sagrar-se campeão da II Liga, e os clubes colocados entre o sétimo e o 12.º posto jogariam pela manutenção, sendo despromovidos os três últimos, numa fase em que os emblemas defrontam os adversários duas vezes, como visitado e como visitante.
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