O Estádio da Luz, casa do Benfica, pode ser palco pela sétima vez de um apuramento da seleção portuguesa de futebol para a fase final de uma grande competição, desta vez a da Liga das Nações.

Este sábado, um triunfo frente à França selará a terceira qualificação no novo reduto das ‘águias’, depois de quatro na antiga Luz, inaugurada em 01 de dezembro de 1954 e que teve o derradeiro encontro, já ‘partida ao meio’, em 22 de março de 2003.

Entre os dois estádios, Portugal carimbou o bilhete para dois Mundiais (2002 e 2018) e quatro Europeus (1984, 1996, 2000 e 2012), procurando agora, sem a ajuda do público, um lugar na fase final da segunda edição da Liga das Nações (2021).

Dias felizes na antiga Luz

A primeira vez que a Luz fez a festa foi a 13 de novembro de 1983, dia que entrou para a história do futebol português como o do primeiro apuramento para a fase final de um campeonato da Europa.

Numa tarde cinzenta, e num relvado muito pesado, um ‘slalom’ do ‘pequeno genial’ Fernando Chalana acabou em penálti - após alegada falta quase sobre a linha da área -, que Jordão, único ‘leão’ num ‘onze’ com seis portistas e quatro benfiquistas, aproveitou para bater Dasaev, aos 42 minutos.

Os comandados de Fernando Cabrita conseguiram, depois, segurar a vantagem até ao final e selaram a qualificação, ao fecharem o Grupo 2 com 10 pontos, contra nove dos soviéticos, que tinham goleado Portugal em Moscovo por 5-0.

Estreante Portugal a cinco minutos da final em 1984
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Doze anos e dois dias depois, a 15 de novembro de 1995, Portugal selou na Luz a segunda presença num Europeu, a primeira já com a ‘geração de ouro’, os campeões do Mundo de juniores de 1989 e 1991, com um 3-0 à República da Irlanda.

A precisar apenas de um ponto, o ‘onze’ de António Oliveira resolveu apenas na segunda parte, com tentos de Rui Costa (60 minutos), com um espetacular ‘chapéu’ a Alan Kelly, Hélder (74) e Cadete (89), numa noite de muita chuva.

E assim, 10 anos depois de uma presença no Mundial do México (1986) para esquecer, ou talvez não, Portugal voltou a chegar a uma fase final. Acabaria por ‘cair’ em Inglaterra devido um ‘chapéu’, do checo Poborsky (0-1), nos quartos de final.

Portugal e a história com os checos
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Quatro anos volvidos, também foi na antiga Luz que Portugal garantiu um lugar no Europeu de 2000, ao vencer a Hungria por 3-0, precisamente a diferença de golos que precisava para acabar a fase de qualificação com o ‘rei dos segundos’.

Rui Costa, agora de penálti, aos 14 minutos, voltou a marcar e João Vieira Pinto, aos 16, aumentou a vantagem lusa, mas, quando tudo parecia correr da melhor forma, Pauleta viu, infantilmente, um segundo amarelo e foi expulso, aos 42.

Com menos um, a formação comandada por Humberto Coelho conseguiu, porém, manter a baliza de Vítor Baía inviolável e, do outro lado do campo, Abel Xavier marcou, aos 58 minutos, o golo que faltava.

O brilho de Portugal no Euro2000
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A ‘geração de ouro’ brilhou no Euro2000, mas só em 2002 disputou pela primeira vez um Mundial, em mais um apuramento garantido na Luz, em 06 de outubro de 2001, desta vez sem dramas ou dificuldades, com um claro 5-0 à Estónia.

João Vieira Pinto inaugurou o marcador, aos 30 minutos, Nuno Gomes, entrado aos 39, ‘bisou’, aos 50 e 65, com Pauleta a faturar pelo meio, aos 59, e Figo a fechar a contagem, aos 79, num apuramento histórico (sete triunfos e três empates).

Nova Luz trouxe novos festejos

A antiga Luz ‘apagou-se’, culpa do Euro2004, e nasceu a nova, que recebeu a primeira festa de apuramento a 15 de novembro de 2011, face à Bósnia-Herzegovina, na segunda mão do ‘play-off’, e depois de um ‘nulo’ em Zenica.

Como uma década antes, Portugal não teve problemas em garantir um lugar no Euro2012, ao golear os bósnios por expressivos 6-2, com ‘bis’ de Cristiano Ronaldo e Hélder Postiga e ainda golos de Nani e Miguel Veloso.

Uma equipa quase perfeita
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A última vez que a Luz assistiu a uma qualificação aconteceu cerca de seis anos depois, em 10 de outubro de 2017, com um triunfo por 2-0 face à Suíça, que chegou a Portugal a precisar de um ponto para selar o apuramento direto.

Portugal, que um ano antes perdera pelo mesmo resultado em solo helvético, no primeiro jogo oficial depois da conquista do Euro2016, chegou ao Mundial da Rússia graças a um autogolo de Djourou (41 minutos) e um tento de André Silva (57).

No sábado, Portugal pode selar o sétimo apuramento para uma fase final na Luz, agora da Liga das Nações, precisando para isso de vencer a França, num embate marcado para as 19:45, com arbitragem do alemão Tobias Stielier.

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