O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, considerou hoje que Paris2024 será uma “grande oportunidade” para a humanidade “se reunir numa competição pacifista”, numa altura em que o Mundo se tem apresentado cada vez mais “dividido”.

“Os Jogos Olímpicos serão uma grande oportunidade para todos se unirem numa competição pacifista neste Mundo dividido, com guerras e confrontos”, disse o dirigente alemão, em Montevideu.

Bach, que falava durante a cerimónia do centenário do comité olímpico uruguaio, destacou a necessidade de a humanidade dialogar e encontrar contributos para uma maior serenidade global, recordando, a este propósito, que os atletas são “grandes embaixadores da paz e amizade”.

A invasão da Rússia à Ucrânia e o conflito entre o Hamas e Israel, que tem motivado igualmente milhares de vítimas inocentes, entre palestinianos e israelitas, não foram mencionadas, contudo estiveram sempre subjacentes ao seu discurso.

“Na aldeia olímpica, os atletas vivem juntos e em harmonia, deixando de lado as diferenças que dividem o Mundo”, elucidou, reforçando o “grande símbolo de paz” que constituem os Jogos Olímpicos

Thomas Bach sublinhou o facto de a paz ser “muito mais do que deixar de lado as diferenças”, pois entende que a mesma consiste em “criar um mundo melhor, no qual todos possam prosperar, no qual todas as pessoas são tratadas por igual”.

“É como a cola que une comunidades. Pessoas de diversas origens estabelecem conexões e amizades”, elucidou, acrescentando que “as sociedades devem procurar formas de integrar as pessoas migrantes e os refugiados”.

Recordou que em 2016 o COI criou a equipa olímpica de atletas refugiados que competiu no Rio de Janeiro, ideal que manteve em Tóquio2020 e vai continuar em Paris2024.