O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, disse hoje que é “demasiado cedo” para falar sobre a participação, ou não, de Rússia e Bielorrússia nos Jogos Olímpicos Paris2024, na sequência da guerra na Ucrânia.

Em Havana, durante uma visita de trabalho, Bach explicou que “ainda não chegou o momento” de falar da questão, com fações que apelam a que russos e bielorrussos continuem suspensos da competição internacional, e outros que pedem a sua reintegração.

O máximo dirigente do movimento olímpico internacional explicou que “tudo está a ser considerado”, pelos comités olímpicos nacionais e federações internacionais de cada modalidade, e depois disso o COI proporá “uma recomendação”, estando a “explorar formas” de proteger os atletas das decisões dos Governos dos países que representam.

Em 22 de fevereiro, este organismo decidiu manter as sanções aos dois países, reiterando a condenação à guerra na Ucrânia, num mês em que se assinala um ano da invasão, e após uma carta comum assinada por ministros do desporto de cerca de 30 países, em que é exigido ao COI que clarifique a neutralidade exigida a russos e bielorrussos como condição para estarem em Paris2024.

Na carta, assinada pelo lado português pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, fica patente o “apoio em curso a que atletas russos e bielorrussos sejam banidos de competir em provas internacionais enquanto durar a guerra na Ucrânia”, em nova tomada de posição forte a nível internacional a caminho dos Jogos Olímpicos Paris2024.

Além de Portugal, esta posição é assinada pela França, que acolhe os próximos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, mas também pela Grécia, pelo Japão, que recebeu Tóquio2020, além da Itália e das ‘potências’ desportivas que são os Estados Unidos, Canadá, Alemanha e o Reino Unido.