Caster Semenya não vai defender a sua medalha de ouro nos 800 metros dos próximos Mundiais de atletismo, que se realizam em Doha, no Qatar, de 28 de setembro a 6 de outubro.

A suspensão provisória do regulamento da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) sobre atletas hiperandrogénicas foi levantada pela justiça suíça, o que permitirá a aplicação das novas regras também à atleta sul-africana.

Nesse sentido, Caster Semenya deixou bem claro que não incorrerá em qualquer tratamento para baixar os seus níveis de testosterona, para continuar a competir nas provas femininas, pelo que não irá marcar presença nos Mundiais de atletismo.

“Estou muito desiludida por não poder defender o meu título, que ganhei de forma tão sofrida, mas isso não me impedirá de prosseguir a minha luta em defesa dos direitos de todos os atletas afetados por esta questão”, afirmou Semenya, em comunicado.

Também em comunicado, a advogada de Semenya que lidera o processo, Dorothee Schramm, garantiu que a atleta não vai parar de lutar pelo que considera serem os seus direitos: "A decisão do juiz não tem impacto no recurso. Vamos continuar com o recurso e a lutar pelos seus direitos humanos fundamentais. Uma corrida só se decide na meta."

O regulamento da IAAF, anunciado em abril, força as mulheres com hiperandrogenismo (elevados níveis de testosterona no sangue) a tomar medicação para reduzir esses valores, sob pena de ficarem impedidas de competir.

Caster Semenya, de 28 anos, sagrou-se campeã mundial dos 800 metros em 2009, 2011 e 2017.

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