O apuramento para as meias-finais do Rugby Europe Championship 2024 (REC24) “pode decidir-se por um ponto”, advertiu hoje o capitão da seleção portuguesa de râguebi, Tomás Appleton, na véspera do encontro com a Polónia.
“Todos os pontos contam e sabendo de antemão que perdemos com a Bélgica, os próximos jogos vão ser fundamentais e a ida às meias-finais pode decidir-se por um ponto ou até mesmo na diferença de pontos marcados e sofridos”, reconheceu o centro dos ‘lobos’ à agência Lusa.
Portugal ‘tropeçou’ na Bélgica na primeira jornada do Europeu, ao sair derrotado por 10-6, e está obrigado a vencer os próximos dois encontros para se apurar para as meias-finais.
De preferência juntando pontos de bónus ofensivos às vitórias, mas o ‘capitão’ prefere apontar, para já, à conquista dos quatro pontos frente à Polónia.
“Obviamente, queremos ir buscar o ponto de bónus ofensivo, mas neste momento estamos apenas focados em ganhar, que é o mais importante”, vincou Tomás Appleton.
Na memória está ainda a derrota com a Bélgica, que os ‘lobos’ não vão “esquecer tão cedo”, mas que pode ser “importante para conhecer o outro lado e valorizar algumas coisas”, embora o ‘capitão’ não acredite que influencie “a confiança para o futuro”.
“Mas é um ‘abre olhos’ para o que temos de trabalhar ainda mais e o que temos de fazer daqui para a frente”, reconheceu.
Perder com os belgas “não era de todo” o que os jogadores pretendiam, pelo que o resultado os deixou “desiludidos e frustrados”, um sentimento “partilhado com os adeptos”, a quem o ‘capitão’ lembra que “está a começar um novo ciclo”.
“A equipa mudou muito em relação ao último jogo, com as Fiji, com muitos jogadores novos a aparecer. Mas o desporto é isto mesmo. Isto faz parte de um ciclo e se queremos focar-nos no Mundial20227, sabemos que estas mudanças são necessárias e às vezes [os maus resultados] são as dores de crescimento que qualquer equipa tem de passar”, avaliou.
Frente à Polónia será, portanto, mais uma oportunidade para adicionar ‘sangue’ novo ao grupo, até porque alguns jogadores que tiverem influência nos últimos jogos não estão nesta convocatória.
“É preciso perceber que jogadores como o Raffaele Storti, o Rodrigo Marta, o Simão Bento ou o Nicolas Martins são profissionais e temos de ser inteligentes nesta gestão com os clubes franceses para perceber em que jogos podem estar disponíveis”, lembrou Appleton.
O jogo marcará a estreia de Lucas Martins, ponta do Blagnac, de França, e irmão de Nicolas Martins, um dos principais ausentes.
Portugal vai entrar ainda com outros cinco jogadores com apenas uma internacionalização: Luka Begic (talonador), Abel da Cunha (pilar), Hugo Camacho (formação), Hugo Aubry (abertura) e José Paiva dos Santos (ponta).
“Independentemente das peças e dos jogadores, o que interessa é a forma como jogamos, o nosso modelo de jogo e é isso que tem de ser feito, temos de manter esse ‘comboio’ a funcionar”, apontou o jogador do CDUL.
A seleção portuguesa de râguebi recebe a Polónia no sábado, em partida da segunda jornada do Grupo B do REC24 com início previsto para as 19:00, no Estádio Nacional, em Oeiras, e arbitragem do suíço Ethan Glass.
Portugal vai jogar, de 1 a 15, com António Machado Santos, Luka Begic, Abel da Cunha, Duarte Torgal, Martim Bello, David Wallis, Vasco Baptista, João Granate, Hugo Camacho, Hugo Aubry, Lucas Martins, Tomás Appleton, Pedro Bettencourt, José Paiva dos Santos e Manuel Cardoso Pinto.
No banco vão estar André Arrojado, Pedro Vicente, António Prim, Boaventura de Almeida, Diego Pinheiro Ruiz, Duarte Azevedo, José Rodrigues e José Lima.
Após a derrota na Bélgica, na primeira jornada, Portugal segue em terceiro lugar no Grupo B com um ponto, atrás de Roménia e Bélgica, ambas com quatro.
Os dois primeiros classificados dos Grupos A e B qualificam-se para as meias-finais, que se disputam, a uma mão, em casa do vencedor de cada grupo contra o segundo classificado da ‘poule’ oposta.
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