
A seleção portuguesa de râguebi tem “mais química” entre os jogadores do que Espanha, adversária nas meias-finais do Rugby Europe Championship 2025 (REC25), afirmou hoje o pilar António Machado Santos, em declarações à agência Lusa.
“Acho que estamos melhores porque temos mais química entre nós, um grupo bastante sólido nos últimos três anos. O râguebi [dos dois países] é parecido, mas o nosso é mais rápido e acho que conseguimos igualar o físico deles, portanto, diria que estamos bem para sábado”, analisou o jogador do Alcobendas.
Machado Santos, no entanto, não participou hoje no ‘Captain’s Run', no Estádio Nacional, onde Portugal e Espanha vão disputar o acesso à final do REC25, uma vez que se lesionou sem gravidade, na quarta-feira, e ficou de fora por precaução.
Assim, Portugal vai alinhar, de 1 a 15, com David Costa, Pedro Santiago Lopes, Diogo Hasse Ferreira, José Madeira, José Rebelo de Andrade, Diego Pinheiro, Nicolas Martins, João Granate, Hugo Camacho, Manuel Vareiro, Diogo Rodrigues, Tomás Appleton, José Lima, Raffaele Storti e Simão Bento.
No banco, como ‘reforços’, vão estar Abel Cunha, Nuno Mascarenhas, José Lavos, António Rebelo de Andrade, Vasco Baptista, Francisco Pinto Magalhães, Hugo Aubry e Gabriel Aviragnet.
Ainda que de fora, o único jogador dos ‘lobos’ que alinha na I Divisão espanhola revelou ainda que “há bastante” expectativa entre os ‘leones’, mas insistiu que “vai ser complicado para eles”.
“Quer se queira, quer não, ficou sempre aquele amargo de termos ido nós em vez deles ao Mundial2023 e por lhes termos ganho nas meias-finais [do Europeu] nos últimos dois anos. Falo diariamente com bastantes jogadores do grupo da Espanha e estão mesmo com vontade de mostrar que estão por cima”, advertiu Machado Santos.
Por isso, “mais do que por ser a Espanha, a rivalidade eterna” do râguebi português, os ‘lobos’ querem mesmo é “ir à final e manter a posição no ranking mundial”, onde Portugal se encontra em 15.º lugar, três posições acima dos espanhóis.
Para tanto, Portugal vai ter de “igualar ou superar” a componente física no “jogo de avançados, mas também nas linhas de três quartos” para conseguir “uma pequena vantagem”.
“Vai ser um jogo complicado, taco a taco, como é sempre todos os anos. É conseguir passar por cima deles na fisicalidade e, depois, ir buscá-los na velocidade”, apontou o ex-Belenenses, atualmente ao serviço do Alcobendas, da I Divisão espanhola.
A seleção portuguesa de râguebi recebe a Espanha, no sábado, em jogo das meias-finais do REC25 com início previsto para as 15:30, no Estádio Nacional, em Oeiras, e arbitragem do galês Adam Jones.
A equipa orientada por Simon Mannix venceu o Grupo B da competição e vai, por isso, defrontar o segundo classificado do Grupo A numa eliminatória a uma só mão.
Se vencer a Espanha, Portugal encontra na final a Geórgia ou a Roménia, que no domingo disputam a outra meia-final.
A seleção lusa procura o segundo título europeu do seu historial, após o triunfo obtido em 2004, numa competição que, desde a sua primeira edição, em 2000, tem sido dominada pela Geórgia (16 títulos) e pela Roménia (cinco).
Ao qualificar-se para as meias-finais, Portugal assegurou, também, o apuramento para o Mundial Austrália2027, juntamente com os outros três semifinalistas do REC25.
As quatro seleções europeias são as primeiras a juntar-se às 12 já apuradas por terem terminado nos primeiros três lugares dos seus grupos no Mundial França2023: França, Nova Zelândia, Itália, Irlanda, África do Sul, Escócia, País de Gales, Fiji, Austrália, Inglaterra, Argentina e Japão.
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