Os Mundiais da ISA (Associação Internacional de Surfe) são um dos eventos de qualificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. A edição de 2019 disponibilizou quatro vagas, que foram destinadas aos melhores representantes da África, Ásia, Europa e Oceania na competição na praia de Kisakihama, em Miyazaki, no Japão, sendo que o português Frederico Morais conseguiu um lugar na categoria europeia.
Saiba como funciona o sistema de qualificação para os Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio, que estreará o surf como modalidade integrante.
A primeira via é o Liga Mundial de Surf de 2019, sendo que os dez primeiros surfistas masculinos classificados terão entrada direta, assim como as primeiros oito mulheres classificadas. Contudo, os Jogos Olímpios restringem para o máximo de dois participantes por país. Ou seja, por exemplo, o brasileiro Italo Ferreira está atualmente no sexto lugar do ranking, lugar que daria acesso, mas Filipe Toledo (1º) e Gabriel Medina (4º), ambos brasileiros, estão à frente, o que excluiria Italo desta via de qualificação.
A segunda via são os Mundiais organizados pela ISA (Associação Internacional de surf), que terão duas edições, a de 2019 e 2020. A prova que decorreu na praia de Kisakihama, em Miyazaki, no Japão, no fim de semana passado, qualificou quatro homens e quatro mulheres, sendo foi elegível os melhores de cada género por estes continentes: África, Ásia, Europa e Oceania. Foi através deste sistema que Frederico Morais conseguiu o seu passaporte, uma vez que foi o europeu mais bem classificado (7.º lugar).
Além de Frederico Morais, também Ramzi Boukhiam (Marrocos, África), Billy Stairmand (Nova Zelândia. Oceania) e Shun Murakami (Japão, Ásia) garantiram um lugar nos Jogos Olímpicos
Na próxima edição, em 2020, serão qualificados os melhores quatro surfistas masculinos e as seis primeiras mulheres classificadas, aqui sem restrições por continente, mas sempre tendo em conta de que cada país poderá levar apenas dois representantes.
A outra via são os Jogos Pan-americanos de 2019, sendo que o primeiro homem e primeira mulher elegíveis nesta competição terão acesso direto. A prova decorreu de 26 de julho a 11 de agosto, no Peru, sendo que este torneio, que inclui também pela primeira vez o surf, foi conquistado por Luca Mesinas e Daniella Rosas, ambos do país anfitrião.
Por último, as vagas para a nação anfitriã, o Japão, havendo um lugar para um surfista masculino e duas para mulheres, a menos que estas estejam preenchidas através das vias acima descritas.
Os atletas japoneses devem qualificar-se regularmente e as suas vagas serão realocadas aos melhores surfistas elegíveis dos Mundiais de Surf de 2020.
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