Era uma vez...
Todas as histórias infantis começam assim, por isso é deste modo, que decido dar início às crónicas sobre o nosso campeonato 24/25, basicamente o campeonato dos três grandes e os outros. O que tem em comum uma história infantil e o nosso campeonato? Mais do que pensam, durante a época, ao longo de trinta e quatro longas jornadas não faltam os heróis, vilões, milagres e desgraças que dão a magia, tanto ao futebol, como aos contos .
Na passada sexta-feira, o Sporting recebeu e venceu o Rio Ave por três bolas a uma.
Foi um jogo digamos assim, de um modo não muito mauzinho, chato.
Sentido único praticamente, o Sporting foi dono e senhor do jogo os 90 minutos perante um Rio Ave encolhido na defesa.
Pote bisou, sendo que o segundo golo do jogador leonino foi uma oferta de Jhonatan. O guarda redes do Rio Ave passou a bola a Pedro Gonçalves, em estilo desafiador, do tipo, "vamos lá ver o que fazes daí" e Pote sacou um golo de época. É verão, foi um chapéu, estão a ver, é de época. Se fosse no norte teríamos de lhe chamar um para-vento.
Gyokeres teve ainda tempo de fazer o seu golo da praxe, porque jogo do Sporting sem golo do sueco é como nadar no Rio Sena e não apanhar uma infeção.
O Rio Ave reduziu por Clayton, jogador com bom toque de bola e com aspecto para um dia ser dono de uma favela para os lados de Ramalde. Quem não gostou do golo dos visitantes foi Huljmand, que pela reação, percebe-se facilmente que tinha apostado em menos de 4.
No dia seguinte, o FC Porto recebeu e venceu o Gil Vicente por uns claros três golos sem resposta.
Tal como o jogo de Alvalade, foi um jogo praticamente de sentido único. Fosse o jogo uma viagem no Metro do Porto e estaríamos constantemente a ouvir em "loop":
"Sentido Direction - Baliza do Gil Vicente ".
Não podemos culpar os gilistas, a dois dias do jogo, Tozé Marreco decide que tem uma consulta às cinco e abandona. Tozé Marreco foi como aquelas noivas em fuga, que antes do grande dia decidem dar de 'frosques'. No caso das noivas, sai a sorte grande aos noivos, no caso do Gil Vicente tenho as minhas dúvidas.
O FC Porto marcou dois dos seus três golos através de grandes penalidades e viu ainda um jogador barcelense ser expulso.
Desde que André Villas-Boas ganhou as eleições a Pinto da Costa, que nunca mais o clube azul e branco soube o que é terminar um jogo do campeonato contra onze adversários.
É caso para dizer que se não há greve da função pública que não seja a uma sexta-feira, também não há jogo do Porto em que o adversário não acabe com menos um.
No dia de ontem, em Famalicão, deu-se a surpresa ou não, da jornada inaugural.
O Benfica perdeu sem espinhas contra o Famalicão.
Este início de campeonato do Benfica é um bocadinho 'Déjà vu' do ano passado não acham?
A equipa do Benfica pareciam aqueles tipos em Inglaterra pelo monte abaixo, todos aos trambolhões atrás do queijo, só que no caso do Benfica, não apanharam o queijo, apenas uma grande desilusão.
Roger Schmidt afirmou que não convocou Neres, pois este não está concentrado no Benfica, mas será que Roger Schmidt está? Pelos resultados, parece-me que não.
O Benfica esteve mais parado em campo do que os concorrentes do programa "Congela" da TVI.
O Famalicão foi dono e senhor do jogo e chegou à vantagem num lance que resultou num enorme "Sorriso", pelo menos para os da casa.
Já perto do final, foi a vez de Youssouf fechar as contas da partida, deixando os famalicenses em festa e os benfiquistas à beira de um ataque de ansiedade.
Muitos benfiquistas pedem agora que Rui Costa imite Salvador, não no resultado, mas na decisão de mandar para o fundo de desemprego Roger Schmidt.
O campeonato ainda agora começou e os treinadores parecem estar, tal como no velho oeste, com a cabeça a prémio.
Aguardamos ansiosamente pela segunda jornada, pois emoção ou chicotadas, por certo não irão faltar.
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