O guarda-redes Marco Pinto negou hoje ter agredido o árbitro Ricardo Ferreira, durante o jogo entre o Caçadores das Taipas e o Arões, realizado no domingo, para um dos campeonatos da Associação de Futebol de Braga.

Numa nota publicada na rede social Facebook, o jogador, de 37 anos, assumiu ter partido em direção ao árbitro com “a intenção de o intimidar”, ao minuto 70, na sequência da confusão entre jogadores e do cartão vermelho direto que lhe foi exibido, mas frisou que a agressão que lhe apontam foi uma “tentativa de agressão”.

“Como está bem explícito no vídeo que circula entre várias páginas, é nítido que não existiu qualquer tipo de agressão ao suposto árbitro. Com algum tipo de receio da parte do árbitro, resolveu começar a correr em direção ao balneário e dar por terminada a partida. (…) Tentativa de agressão não é agressão e eu, Marco Pinto, não agredi esse senhor”, escreveu.

O guarda-redes do Caçadores das Taipas admitiu, porém, ter cometido “um ato irrefletido de cabeça muito quente” no âmbito da discussão entre atletas, no encontro da 24.ª jornada da Série B da Divisão de Honra, segundo escalão distrital, realizado no Campo do Montinho, na vila de Caldas das Taipas, concelho de Guimarães.

O antigo internacional sub-19 e sub-20 por Portugal acusou ainda o árbitro Ricardo Ferreira de realizar uma “péssima atuação” e de ter “a lição bem estudada” para prejudicar a sua equipa, que “estava a lutar pela subida de divisão”.

Formado no Sporting e no Belenenses, Marco Pinto vincou ainda que foi um jogador “muito profissional” e que “deu tudo” pelo Caçadores das Taipas, emblema que o suspendeu de qualquer atividade após o episódio verificado no domingo.

O clube vimaranense pediu ainda desculpa a Ricardo Ferreira e à restante equipa de arbitragem, composta pelos assistentes Daniel Vale e André Duarte, e ao Arões, “um digno adversário”, num comunicado emitido no domingo.

O Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol (AF) de Braga manifestou, também no domingo, o “mais profundo repúdio” pelo que considera “a inaceitável e vergonhosa agressão sofrida pelo árbitro Ricardo Ferreira”, a quem demonstrou “total solidariedade”, e pediu que o ato seja “severamente punido”.

Já o Núcleo de Árbitros de Futebol do Cávado, de que Ricardo Ferreira é associado, anunciou, no domingo, o boicote aos jogos da AF Braga até à adoção de medidas como policiamento obrigatório, aumento do número mínimo de assistentes de recinto desportivo e “enviesamento total da utilização de pontos de contacto de segurança”, em partidas de seniores e de juniores.