A Udinese lamentou e condenou hoje o incidente racista que visou o guarda-redes francês do AC Milan Mike Maignan, no sábado, no seu estádio, em jogo da Liga italiana de futebol.

“A Udinese lamenta e condena todos os atos de racismo e violência. Reafirmamos a nossa aversão a qualquer forma de discriminação e expressamos a nossa profunda solidariedade com o jogador do AC Milan Mike Maignan à luz do deplorável acontecimento no nosso estádio”, refere o clube, em comunicado.

No sábado, no jogo vencido por 3-2 pelos ‘rossoneri’, de Rafael Leão, frente ao emblema de Udine, de João Ferreira, Maignan abandonou o terreno de jogo, aos 34 minutos, em protesto com os insultos racistas que recebeu das bancadas, já depois de ter alertado o árbitro do encontro, tendo sido seguido pelos seus companheiros de equipa.

Através das instalações sonoras do estádio foi pedido aos adeptos da Udinese que parassem com os insultos e, quatro minutos depois, ainda com alguns jogadores da equipa anfitriã a pedirem explicações aos seus próprios seguidores, Maignan e os seus companheiros regressaram ao campo, tendo o árbitro reiniciado a partida, mas alertado que interromperia a mesma em definitivo se os insultos retomassem.

“A Udinese vai colaborar com todas as investigações das autoridades para assegurar a imediata clarificação do incidente, com o objetivo de tomar as medidas necessárias para punir os responsáveis. Como instituição, continuaremos a trabalhar de forma diligente, como sempre fizemos, para promover a diversidade e integração de todas as etnias, culturas e línguas entre os nossos jogadores, funcionários, adeptos e cidade”, rematou o emblema italiano.

Os incidentes ocorridos em Udine mereceram a unânime condenação, a começar pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, mas estendendo-se aos compatriotas do guarda-redes milanês.

“Demais é demais. Estás longe de estar sozinho, Mike Maignan. Estamos contigo”, escreveu o capitão da seleção francesa, Kylian Mbappé, na rede social X, concluindo com um lamento: “Sempre os mesmos problemas e sempre sem qualquer solução”.