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Vale e Azevedo apresentou-se pela primeira vez num tribunal britânico a 8 de Julho de 2008.

As autoridades portuguesas ainda não conseguiram notificar João Vale e Azevedo para o início do julgamento de alegado peculato de quatro milhões de euros do Benfica, programado para 12 de Outubro, revelou à Lusa uma fonte judicial.

Vale e Azevedo ocultou dos restantes membros da direcção do Benfica e dos serviços de contabilidade do clube que recebeu um total de 1,4 milhões de libras pelas transferências dos futebolistas Gary Charles e Tahar el Khalej.

João Vale e Azevedo, a residir em Londres sob termo de identidade e residência e com o passaporte confiscado, aguarda a decisão do Tribunal Superior de Justiça de Londres sobre o pedido de extradição das autoridades portuguesas.

Vale e Azevedo vai começar a ser julgado a 12 de Outubro pela alegada apropriação indevida de quatro milhões de euros do Benfica, verbas resultantes das transferências dos futebolistas Scott Minto, Gary Charles, Amaral e Tahar el Khalej.

O contrato da transferência do futebolista Scott Minto para o West Ham foi alegadamente forjado por Vale e Azevedo, para que o então presidente do Benfica pudesse liquidar a terceira prestação do iate "Lucky Me", no valor de meio milhão de libras.

A SIC avança esta tarde que o julgamento de Vale e Azevedo já tem data marcada. No dia 16 de Março, o ex-presidente do Benfica vai então ser levado a tribunal por peculato, abuso de confiança e falsificação de documentos relacionados com contratos de futebolistas do clube da Luz.

O processo de extradição de João Vale e Azevedo regressa hoje ao Supremo Tribunal britânico. No Reino Unido, o colectivo de juízes vai decidir se o antigo presidente do Benfica deve ou não ser enviado de volta para Portugal, onde deve cumprir uma pena de prisão de onze anos e meio.