A Oliveirense sagrou-se esta segunda-feira pela segunda vez consecutiva campeã portuguesa de basquetebol, ao vencer em casa do Benfica, por 97-72, no quarto jogo da final.
O conjunto de Oliveira de Azeméis, que chegou ao intervalo com uma vantagem de 53-41, conquistou o segundo título da sua história, em seis finais disputadas, ao triunfar na eliminatória final, por 3-1.
O caminho até à luz
A equipa de Oliveira de Azeméis entrou nos play-offs com o pé direito. No primeiro encontro, à melhor de cinco, com a vizinha Ovarense, a Oliveirense dominou o encontro de princípio ao fim, tendo estado a perder apenas por breves instantes, ainda no primeiro período (16-17, com 7.34 minutos jogados).
No final do encontro, a Oliveirense venceu por 99-72. O internacional luso João Balseiro, com 22 pontos, com seis em nove nos ‘tiros’ de campo, incluindo quatro em cinco nos ‘triplos’, e seis em seis nos lances livres, foi a grande figura dos campeões nacionais.
Destaque ainda nos locais, que acertaram 10 de 26 ‘triplos’ e 15 de 16 lances livres, para os 17 pontos de Travante Williams e os 15 de Thomas De They, e, na Ovarense, para os 15 de Khalen Cumberland.
O segundo encontro, novamente em Oliveira de Azeméis, a equipa de casa levou a melhor. Desta vez, a Oliveirense bateu a Ovarense por 94-68 e estava assim a uma vitória da final.
A 30 de maio, a Oliveirense apurou-se para a final dos 'play-offs' da Liga portuguesa de basquetebol, ao triunfar em casa da Ovarense por 93-73, vencendo a série por 3-0, depois de duas vitórias folgadas em Oliveira de Azeméis.
Travante Williams, com 21 pontos, e James Ellisor, com 19, estiveram em destaque na equipa da Oliveirense que chegou ao intervalo com 61% de eficácia de lançamento. Do lado da Ovarense, Coreontae DeBerry assinou 17 pontos e Will Perry 15, exibições que não foram suficientes para compensar os erros cometidos nos minutos iniciais.
Com três vitórias em três jogos, não foi necessário jogar à melhor de cinco.
A derradeira final
Do outro lado da barricada, o Benfica venceu igualmente por 3-0 o FC Porto e seria assim o rival da Oliveirense na final, também à melhor de cinco.
A 8 de junho, a Oliveirense venceu o Benfica por 85-75, no primeiro encontro da final da Liga portuguesa de basquetebol, em Oliveira de Azeméis.
Dois dias depois, o Benfica igualou a final ao vencer em casa da Oliveirense por 81-74, no segundo jogo da eliminatória decisiva. A equipa campeã nacional chegou ao intervalo com uma pequena margem na frente (38-36), tendo o Benfica virado o resultado na segunda parte e anulado a vantagem do fator casa da formação de Oliveira de Azeméis.
A 14 de junho, as equipas voltaram a encontrar-se desta vez na casa do Benfica, onde a Oliveirense venceu os encarnados por 87-82, após prolongamento. O título ficava assim nas mãos da equipa de Oliveira de Azeméis, para a qual uma vitória bastava para voltar a levantar a taça. E assim foi.
A formação orientada por Norberto Alves demonstrou uma enorme eficácia durante toda a partida e teve em Travante Williams a figura de destaque, ao contribuir com 31 pontos no jogo que culminou na revalidação do título, em casa do adversário.
A Oliveirense aproveitou uma entrada em falso do conjunto 'encarnado' na partida para construir, desde cedo, uma vantagem de nove pontos, que se manteve durante largos minutos, marcados por constantes perdas de bola dos 'encarnados'.
No segundo quarto, a Oliveirense entrou novamente melhor, com Travante Williams a mostrar um nível muito elevado de eficácia, com 21 pontos, 15 deles oriundos de triplos, ao contrário dos jogadores orientados por Carlos Lisboa, que se mostraram pouco consistentes durante todo o encontro.
O Benfica não conseguia contrariar a superioridade demonstrada pela Oliveirense e os forasteiros acabaram por se distanciar, chegando a uma diferença de 15 pontos, que se materializou em 12 na chegada ao intervalo (41-53).
Nos últimos 10 minutos, o Benfica já não foi capaz de recuperar os índices anímicos e, com várias perdas de bola em zonas proibidas, bem como um número reduzido de ressaltos ganhos, foi perdendo a esperança, o que deixou a Oliveirense cada vez mais perto de revalidar o título.
O conjunto de Norberto Alves nunca acusou a pressão e chegou mesmo aos 26 pontos de diferença (70-96), numa altura em que o Benfica já havia desistido da luta. O resultado final, 72-97, realça a superioridade da turma de Oliveira de Azeméis, que conquistou assim o segundo título da sua história, de forma consecutiva.
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